ONS prevê bandeira vermelha até fim do ano

Rio de Janeiro – O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Eduardo Barata, disse ontem que até o fim do ano a bandeira vermelha do setor elétrico continuará acionada, mesmo com o início do período chuvoso em novembro, porque seria temerário desligar termelétricas em um momento de escassez hídrica. “Até porque, para as distribuidoras também seria temerário, por conta dos custos com os combustíveis”, destacou o executivo, sobre a cobrança adicional nas contas de luz.
Ele participou do seminário “O futuro do Setor Elétrico Brasileiro: Desafios e Oportunidades”, promovido pela Fundação Comitê de Gestão Empresarial (Coge) e a Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica (ABCE).
Barata afastou qualquer tipo de problema de abastecimento de energia elétrica no País, mesmo com a chegada do verão, já que com o acionamento das usinas termelétricas para poupar os reservatórios das hidrelétricas são suficientes para atender à demanda.
O seminário reúne representantes das principais entidades do setor elétrico e pretende chegar ao final com propostas a serem entregues aos candidatos à presidência da República.
Segundo o presidente interino da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral, a consolidação das termelétricas como base da geração do sistema elétrico é um dos pontos que deverão ser levados ao novo comando do setor no Brasil.
Light – A elétrica Light, controlada pela estatal mineira Cemig, publicou ontem prospecto preliminar de uma oferta de 700 milhões de reais em debêntures.
A oferta, com data de emissão em 15 de outubro, será realizada em até duas séries e coordenada pela XP Investimentos (coordenador líder), pelo banco Itaú BBA, pelo BB-Banco de Investimento (BB-BI) e pelo Santander Brasil.
Os papéis serão distribuídos pelos coordenadores sob regime de garantia firme de colocação para R$ 400 milhões.
Segundo a companhia, que é responsável pela distribuição de energia na Região Metropolitana do Rio de Janeiro e tem ativos de geração, os recursos captados com a primeira série de debêntures serão utilizados para seu plano de desenvolvimento da distribuição, enquanto a segunda série vai financiar capital de giro. (AE/Reuters)
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