Economia

ONS reduz projeção para demanda por eletricidade no País

ONS reduz projeção para demanda por eletricidade no País
Crédito: REUTERS/Mariana Bazo.

São Paulo – O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) cortou ligeiramente suas previsões para o desempenho da carga de energia do sistema brasileiro em janeiro e sobre as chuvas na região das hidrelétricas, principal fonte de geração do País.

A demanda por eletricidade deve fechar o mês com avanço de 2,4% na comparação anual, em 77.338 megawatts médios, apontou o ONS em boletim na sexta-feira (8), no qual reduziu uma expectativa da semana anterior que indicava alta de 2,5%.

Houve pequena redução nas projeções para a carga de energia em todas as regiões, à exceção do Nordeste, onde deve haver alta de 3%, contra 2,7% esperados na semana passada.

No Sudeste/Centro-Oeste, principal centro consumidor, a demanda deve crescer 2,6% ano a ano, abaixo dos 2,8% antes previstos.

Apesar da redução nos números, os dados do ONS seguem mostrando tendência de recuperação na atividade, após a carga de energia ter desabado 12% na comparação anual em abril, mês mais impactado pela pandemia de coronavírus.

Já as precipitações na região dos lagos das hidrelétricas devem se manter distantes da média histórica mesmo com o País em pleno período de chuvas na área das usinas, que vai tradicionalmente de novembro a abril.

O Sudeste, que concentra os maiores reservatórios, deve receber chuvas em 71% da média histórica, contra 79% estimados na semana passada, apontou o ONS.O Nordeste, segunda região em capacidade de armazenamento, deve ficar em 42% da média, também abaixo dos 48% previstos antes. (Reuters)

AES Brasil paga R$ 1,3 bilhão à CCEE 

São Paulo – A AES Brasil (ex-AES Tietê) decidiu quitar à vista débitos de R$ 1,3 bilhão junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), após um acordo entre empresas do setor e o governo referente a pagamentos pendentes pelo chamado “risco hidrológico” na operação de usinas de geração.

O acerto da dívida, confirmado pela CCEE na sexta-feira (8), veio após a aprovação pelo Congresso de um projeto de lei que permitirá às companhias uma compensação parcial pelos valores desembolsados, por meio da prorrogação de contratos de concessão de hidrelétricas operadas por elas.

A negociação para pagamento dos débitos foi necessária após diversas elétricas terem conseguido liminares na Justiça isentando-as dessas obrigações, o que vinha deixando valores bilionários em aberto em liquidações financeiras mensais das operações do mercado de energia realizadas pela CCEE.

“Os resultados em aberto relacionados à judicialização do risco hidrológico, que somariam R$ 10,526 bilhões, ficaram limitados a R$ 8,526 bilhões”, disse a CCEE em nota, ao confirmar o pagamento feito pela AES Brasil.

“Com isso, a empresa passa a ser a primeira a demonstrar oficialmente sua intenção de aderir à proposta de renegociação, cujas regras foram aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica em dezembro de 2020”, acrescentou.

A liquidação das operações do mercado de eletricidade realizada pela CCEE, que promove pagamentos e recebimentos entre as empresas que operam no mercado, envolveu transações num total de R$ 14 bilhões em novembro.

Como outras empresas ainda não acertaram os débitos por risco hidrológico, a operação arrecadou apenas R$ 5,5 bilhões para pagamento aos agentes que tinham créditos a receber no mercado, disse a CCEE, com um total de R$ 8,5 bilhões ainda em aberto.

Os custos com risco hidrológico estão relacionados à necessidade de hidrelétricas comprarem energia no mercado para cumprir compromissos comerciais quando produzem abaixo do esperado, em momentos de baixo nível nos reservatórios, por exemplo.As empresas haviam ido à Justiça contra as cobranças alegando que iniciativas do governo aumentaram os riscos tradicionalmente associados à hidrologia no setor de energia. (Reuters)

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