Economia

Orçamento da Prefeitura de Belo Horizonte em 2026 será 6,55% maior

Receita prevista para 2026 é de R$ 24,13 bilhões
Orçamento da Prefeitura de Belo Horizonte em 2026 será 6,55% maior
Foto: Rodrigo Clemente/PBH

Belo Horizonte terá uma receita maior no próximo ano, porém ainda não será suficiente para que as contas do município fechem no positivo em 2026. De acordo com o projeto do Orçamento da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) enviado para a Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), o volume é 6,55% maior que o orçamento de 2025.

Neste ano, a receita da Capital foi de cerca de R$ 22,65 bilhões, enquanto a prevista para 2026 é de R$ 24,13 bilhões. No entanto, as despesas previstas apresentadas para 2026 giram em torno de R$ 24,92 bilhões.

Segundo o Secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Bruno Passeli, uma das formas para reverter este quadro é o uso dos recursos excedentes deste ano. “Além disso, temos uma série de projetos que visam aumento de arrecadação tributária e os esforços de contenção de despesas”, completa.

Como exemplo para contenção de despesas, Passeli destaca uma área nova que está sendo criada pela prefeitura que tem como objetivo a eficiência e a racionalização dos gastos. “Estamos revisando contratos, renegociando outros, vendo se a forma de contratação feita foi a mais barata. Todo um trabalho de revisão das despesas do município para ter impacto no ano que vem”, explica.

O maior valor previsto é proveniente da receita ordinária do Tesouro que soma mais de R$ 16 bilhões e é estimada levando em consideração a arrecadação nos últimos meses, o cenário macroeconômico e o comportamento sazonal, destacando as receitas de impostos diretamente arrecadadas, as taxas e as transferências constitucionais da União e do Estado.

No caso dos impostos, de acordo com a previsão, a PBH espera recolher mais de R$ 3,6 bilhões de recursos com Impostos sobre Serviços (ISS) e mais de R$ 2,29 bilhões com Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Esses volumes também são maiores do que os previstos para este ano.

Em 2025 foram cerca de R$ 8,1 bilhões em impostos, contra R$ 8,5 bilhões calculados para 2026, volumes que representam um aumento de 4,25% em relação ao ano anterior.

Quando considerados os recursos vinculados no montante, do total de cerca de R$ 8,11 bilhões, os destaques são:

  • receitas orçamentárias de transferências da União e do Estado para financiamento do Sistema Único de Saúde, com valor previsto de R$ 4,18 bilhões
  • operações de crédito autorizadas por leis municipais, com R$ 1,03 bilhão para aplicação principalmente nas Funções de Governo Transporte, Saneamento, Urbanismo e Habitação
  • receitas previdenciárias do Fundo Financeiro (Fufin) e do BHPrev para 2026 que totalizam R$ 1,7 bilhão, vinculadas aos gastos com inativos, pensionistas e benefícios previdenciários do município

Na avaliação do secretário, a situação está equilibrada, porém, ressalta que os números são previsões e passíveis de alterações. “Se os números do futuro forem em linha com os de hoje, nós não teremos grande margem para crescimento de despesas da prefeitura. Mas a gente segue buscando recursos como do Estado, da União, das captações em operações de crédito e convênios para financiar a expansão das despesas da prefeitura”, diz.

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