Economia

Ore Investments inicia exploração de ouro

Ore Investments inicia exploração de ouro
Ore Investments formou uma joint-venture com a Genesis Mining para desenvolver o projeto de exploração de ouro em Nazareno | Crédito: Divulgação

Com a captação de R$ 250 milhões para o seu primeiro fundo, em 2020, a Ore Investments, gestora de fundos private equity voltada exclusivamente para mineração no Brasil, com sede em Belo Horizonte, já está investindo em seu segundo projeto.

A primeira aposta teve início em abril, em um projeto greenfield para descoberta de cobre em Carajás, no Pará. Agora, com investimentos de cerca de R$ 30 milhões, a empresa trabalha na exploração de ouro em Nazareno, na região Central do Estado.

Para isso, acaba de selar uma parceria com a também mineira Genesis Mining, do Grupo SJK Capital, para dividir a gestão do projeto Nazareno, que já conta com 700 mil onças de ouro em recursos minerais (estágio anterior às reservas – em que o recurso é a quantidade de mineral estimado e a reserva é a parte economicamente lavrável do recurso) e cerca de 11.000 metros de sondagem realizada.

Quem conta é o sócio e CEO da Ore, Mauro Barros. Segundo ele, o projeto se encontra na fase inicial de pesquisa e descoberta de jazidas que inclui etapas como estudo de mapeamento, amostragem de solo, geofísica e sondagem para depois partir para uma segundo momento com licenciamento ambiental, construção do ativo, comissionamento e operação.

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“Acreditamos no potencial, até porque, a etapa de pesquisa é de capital intensivo e não tem receita. Mas os próximos passos é que vão dizer sobre a viabilidade da extração de ouro. Dando tudo certo sob o ponto de vista da geologia, a efetivação do licenciamento e da mina deve ocorrer em três anos“, adiantou.

Assim, a joint-venture formada com a Genesis Mining terá foco no desenvolvimento do projeto, incluindo não só os trabalhos de pesquisa geológica, expansão de volume e certificação dos recursos minerais, mas também elaboração de estudos de engenharia e, potencialmente, licenciamento ambiental e construção da mina para operação.

“Esperamos que o depósito seja lavrado a céu aberto em um primeiro momento, e posteriormente a produção será via lavra subterrânea, a um teor mais alto de minério. De acordo com os dados históricos do projeto e os resultados de sondagens recentes, os teores médios estão acima de 1.0 g/t”, explica o sócio e diretor de Recursos Minerais da Ore Investments, Thiago Bonás.

Já no Pará, conforme Barros, o projeto já se encontra na primeira fase de sondagem e os primeiros resultados têm sido positivos. “A expectativa é que no ano que vem tenhamos a decisão sobre continuar com o investimento ou não”, diz.

Planos

Mas os planos não param por aí. Segundo o CEO, desde a captação, a Ore levantou mais de 300 oportunidades de investimentos em pesquisas minerárias no País. Dessas, a empresa selecionou cerca de 20 para possíveis investimentos – mas nem todos sairão do papel. Por isso, a gestora já começa a prospectar novos ativos e pretende aportar em mais dois ou três projetos no ano que vem.

A intenção é diversificar a carteira do fundo com outros metais. Para isso, está atenta a projetos greenfield ou de exploração de níquel, fosfato (para fertilizantes), além de lítio, cobalto e grafite, os chamados “metais de baterias”, essenciais para a descarbonização da economia. “Já existem alguns no nosso radar, mas é sempre bom prospectar”, revelou.

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