Economia

Otimismo dos comerciantes mineiros para o Dia das Crianças é o mais baixo desde 2020

A maioria dos empresários entrevistados pela Fecomércio-MG relatam que a data não causará nenhum impacto em seu negócio
Otimismo dos comerciantes mineiros para o Dia das Crianças é o mais baixo desde 2020
Foto: Alisson J. Silva / Arquivo / Diário do Comércio

Apenas 18,4% dos comerciantes mineiros acreditam que as vendas do Dia das Crianças neste ano serão melhores que as do mesmo período de 2023. De acordo com a pesquisa Expectativa de Vendas – Dia das Crianças 2024, essa é a menor taxa já registrada desde 2020, quando apenas 17,3% dos entrevistados esperavam resultados melhores. Aquele foi o primeiro ano da pandemia de Covid-19.

O estudo foi realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio-MG), e aponta que para a maioria (52,9%) dos empresários entrevistados a data não causará impacto em seu negócio. Outros 15,9% acreditam que as vendas serão iguais às do ano passado, e outros 10,3% esperam resultados piores.

Dentre os mais otimistas, 65,7% dos comerciantes esperam que as vendas aumentem em até 40% no Dia das Crianças. Otimismo e expectativa são os motivos mais pontuados entre as empresas que esperam melhores resultados de vendas neste ano, com 45,2% dos empresários. Em seguida aparecem: aquecimento do comércio (31,5%), valor afetivo da data (27,4%) e novos produtos (11%).

A economista da Fecomércio-MG, Gabriela Martins, destaca que o período que abrange o Dia das Crianças é muito importante não só para o setor do comércio, mas também para o setor de serviços. Apesar da baixa no otimismo quanto às vendas para a data, ela avalia que as expectativas são positivas.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


“Além de ser uma oportunidade de aumentar as vendas, este período pode ser estratégico para o empresariado se aproximar dos seus clientes. Acrescido a isso, a data, comemorada em outubro, marca o início das vendas de final de ano, período em que tradicionalmente as famílias têm maior propensão a gastar e maior disponibilidade de renda”, explica.

Por outro lado, dentre aqueles que esperam resultados piores, 73,2% estima queda de até 40% nas vendas. Os principais motivos para esse pessimismo são: a queda do comércio (62,5%) e a crise econômica (30%).

Foto: Pixabay

Comerciantes apostam em promoções para o Dia das Crianças

Conforme a pesquisa, as ações que serão mais adotadas ao longo desse período serão as promoções e liquidações (39,6%) e as propagandas (32,6%). Outras iniciativas que também se destacaram foram a adoção do marketing digital (13,4%) e de um atendimento diferenciado (11,2%).

Quanto aos estoques de produtos, a maioria (63,1%) dos comerciantes afirmam já estarem preparados, com todas as encomendas recebidas. Outros 24,1% ainda não receberam todas as encomendas e 11,8% não realizaram os pedidos.

Dentre os que ainda não realizaram os pedidos, 79,2% pretendem fazê-lo nos dias mais próximos da data.

Na opinião de 29% dos comerciantes mineiros, o produto que terá mais saída no Dia das Crianças serão os brinquedos, seguido pelas roupas (15,4%), balas e doces (11,2%) e as bebidas (9,5%).

O estudo ainda aponta que apenas 33,7% das empresas realizam vendas on-line. Dentre os canais mais utilizados estão: WhatsApp (88,9%); redes sociais (60,3%); site próprio (11,1%) e os marketplaces (4,8%). Para 66,7% dos empresários entrevistados as vendas on-line representam até 30% do faturamento.

Comportamento dos consumidores

A maioria (87,7%) dos comerciantes acredita que o consumidor irá realizar as compras na semana do Dia das Crianças. Apenas 8% esperam que os clientes realizem as compras com antecedência e 1,1% após a data comemorativa.

Quanto à principal forma de pagamento utilizada pelos consumidores, 36,9% esperam que seja o cartão de crédito parcelado e 25,1% dos empresários apostam no cartão de crédito à vista. Outras modalidades citadas foram: Pix (15%); cartão de débito à vista (6,4%); crediário e carnê (5,9%); dinheiro (5,3%) e cheque pré-datado (0,5%).

O levantamento da Fecomércio-MG também destaca que 21,9% dos comerciantes mineiros acreditam que o consumidor investirá entre R$ 70 a R$ 100 em presentes. Já 20,3% esperam tíquete médio de R$ 100 a R$ 200 por consumidor no Dia das Crianças.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas