Economia

País registra superávit recorde em junho

País registra superávit recorde em junho
Crédito: Fabio Scremin - APPA

Brasília – O Brasil teve superávit comercial de US$ 7,5 bilhões em junho, recorde histórico para o mês na série iniciada em 1989, obtido principalmente pela queda profunda nas compras de produtos importados, mostraram dados divulgados pelo Ministério da Economia nessa quarta-feira (1).

O saldo veio acima da projeção de um superávit de US$ 6,95 bilhões segundo pesquisa Reuters com analistas.

Em junho, as importações tiveram uma diminuição de 27,4%, pela média diária, ante igual mês do ano passado, a US$ 10,4 bilhões.

Houve retração generalizada, com quedas, pela média diária, nas compras de itens da indústria de transformação (-28,1%), indústria extrativa (-22,3%) e agropecuária (-15,6%).

As exportações também caíram, mas em um ritmo menor: 12% frente a junho de 2019, a US$ 17,9 bilhões.

Na análise por setores, as vendas de produtos brasileiros cresceram pela média diária na agropecuária (+29,7%), sempre na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Houve recuo, porém, nos embarques da indústria extrativa (-26,1%) e da indústria de transformação (-21,0%).

Segundo o secretário do Comércio Exterior, Lucas Ferraz, os resultados estão sendo muito influenciados pela queda vertiginosa dos preços internacionais, não só de commodities, mas também produtos de maior valor agregado.

Em uma análise por volume, acrescentou ele, houve elevação de 14% nas exportações em junho. No primeiro semestre, o saldo da balança comercial foi positivo em US$ 23 bilhões, contra US$ 25,7 bilhões em igual período de 2019.

Para o ano, o Ministério da Economia atualizou suas projeções ontem, passando a ver um superávit de US$ 55,4 bilhões para a balança comercial, ante US$ 46,6 bilhões antes, e acima do saldo de US$ 48,1 bilhões no ano passado.

De um lado, a pasta calculou um resultado ligeiramente melhor para as exportações, a US$ 202,5 bilhões este ano, ante estimativa anterior de US$ 199,8 bilhões, mas bem abaixo dos US$ 225,4 bilhões de 2019.

Para as importações em 2020, a perspectiva piorou a US$ 147,1 bilhões, contra US$ 153,2 bilhões antes, e um resultado de US$ 177,3 bilhões no ano passado. (Reuters)

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