Economia

País tem em fevereiro maior contração em nove meses

País tem em fevereiro maior contração em nove meses
Apesar da queda apontada pelo indicador, produção industrial teve recuperação de 0,7% no segundo mês deste ano - Créditos: Ricardo Almeida / ANPr

São Paulo – O ritmo fraco da economia brasileira estendeu-se para fevereiro, com a maior contração em nove meses, segundo dados do Banco Central divulgados ontem, ampliando as projeções de uma queda no primeiro trimestre e corroborando as preocupações com as perspectivas de crescimento do País.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve recuo de 0,73% em fevereiro, na comparação com o mês anterior, segundo dado dessazonalizado divulgado pelo BC.

O resultado mensal foi o segundo negativo, após recuo de 0,31% em janeiro, em dado revisado pelo BC depois de divulgar contração de 0,41%. E é também a pior leitura para o indicador desde a queda de 3,1% vista em maio de 2018.

“Indicadores de atividade econômica conhecidos até o momento seguem sugerindo uma leve queda de 0,1% do PIB no primeiro trimestre deste ano”, afirmou o Bradesco em nota.

Na comparação com fevereiro de 2018, o IBC-Br apresentou crescimento de 2,49% e, no acumulado em 12 meses, teve alta de 1,21%, segundo números observados.

Setores – Em fevereiro, a produção industrial do Brasil mostrou alguma recuperação ao avançar 0,7% sobre o mês anterior, devolvendo as perdas vistas em janeiro.

Entretanto, as vendas no varejo ficaram estáveis no mês, com as compras voltadas para o Carnaval compensando perdas em supermercados e combustíveis. E o volume de serviços recuou 0,4% em fevereiro, na segunda queda seguida.

O cenário permanece sendo de lentidão da economia e mercado de trabalho fraco, com cerca de 13 milhões de desempregados no País, ainda que a inflação e taxa de juros baixas proporcionem alguma expectativa de melhora do consumo.

As expectativas de crescimento para o Brasil vêm sofrendo sucessivas reduções. A mais recente pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo BC junto a uma centena de economistas, mostra que a expectativa para a atividade neste ano é de crescimento de 1,95%, indo a 2,58% em 2020.

Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a estimativa de expansão da economia brasileira em 2019 a 2,1%, citando a necessidade de cortes de gastos com funcionalismo público e da reforma da Previdência para conter as crescentes despesas. (Reuters)

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