Economia

Panasonic fará aportes de R$ 300 milhões em Extrema

Empresa vai ampliar fábrica de produtos da linha branca no Sul de MG; investimento é o maior dos últimos dez anos
Panasonic fará aportes de R$ 300 milhões em Extrema
Crédito: Divulgação/Panasonic

A Panasonic do Brasil, subsidiária do grupo japonês Panasonic Corporation, vai investir R$ 300 milhões em Minas Gerais até 2025. O montante se trata do maior aporte da empresa nos últimos dez anos e refere-se à ampliação da fábrica de produtos da linha branca, em Extrema, no Sul do Estado. A companhia visa com o projeto dobrar a capacidade produtiva de geladeiras e máquinas de lavar, trazer novos itens e potencializar os seus resultados.

As obras de expansão da planta em Extrema começaram em fevereiro do ano passado e estão previstas para terminar em abril deste ano. A área de produção passará de 60 mil metros quadrados (m²) para 80 mil m², sendo que, no mês de agosto, a operação já será realizada com potencial produtivo superior ao atual. A estrutura da unidade também terá melhorias, como o crescimento do número de banheiros e o aumento do almoxarifado.

De forma gradativa ao longo do período de desenvolvimento do projeto, a empresa estima incrementar em aproximadamente 20% a mão de obra contratada no município. A indústria em Extrema conta hoje com cerca de 1.200 colaboradores. No total, são mais de 2.000 funcionários espalhados pelo País, uma vez que a companhia possui fábricas em Manaus (AM) e São José dos Campos (SP), além de escritório administrativo e comercial no estado paulista.

As informações são do vice-presidente de Appliance da Panasonic do Brasil, Sergei Epof. Segundo ele, uma das motivações para o investimento em Extrema foi a positiva aceitação das mercadorias da empresa pelo cliente brasileiro. “A gente conseguiu atender às demandas do consumidor trazendo produtos com diferenciais aos que existiam no mercado”, ressalta.

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Conforme Epof, a companhia trouxe, por exemplo, refrigeradores mais silenciosos, com tecnologia de preservação de alimentos e também mais econômicos do que o padrão mínimo estipulado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Do mesmo modo, trouxe categorias de máquinas de lavar que apresentam melhores consumos de água e energia, além de melhor eficiência de lavagem do mercado.

Agenda ESG

Ainda de acordo com o Epof, a unidade mineira, conhecida como a “fábrica verde” da companhia, possui diversas iniciativas ecologicamente sustentáveis, como a captação e reutilização de água da chuva. “A Panasonic nunca para. Procuramos sempre trazer alguma coisa diferente. Fechamos um projeto em parceria com outra empresa para poder abastecer 60% da planta de Extrema com energia solar a partir de janeiro de 2024”, destaca.

A fábrica no Sul de Minas, assim como as outras duas no País, emite carbono zero e contribui com compromissos assumidos pela companhia em uma agenda ESG (Ambiental, Social e Governança, em português). “A Panasonic tem como valor a contribuição à sociedade. Então, quando a gente trabalha com os temas de eficiência dos produtos, eficiência no processo de fabricação, tudo está relacionado ao ESG”, salienta.

No que denominou de Green Impact, a controladora japonesa estipulou metas e ações para alcançar a neutralidade carbônica. Até 2030, a ideia é atingir emissões líquidas zero de CO2 de todas as empresas operacionais; até 2050, o grupo pretende criar um impacto que reduza as emissões em mais de 300 milhões de toneladas ou cerca de 1% do total atual das emissões globais. “É um desafio bem ousado que a companhia tem e as unidades do Brasil já estão alguns passos à frente em relação a isso”, reitera Epof.

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