Economia

Parque fabril do interior do Estado tem resultados negativos

Parque fabril do interior do Estado tem resultados negativos
Crédito: David Alves/ Divulgação

Embora o parque fabril mineiro tenha voltado a crescer em março, após registrar duas quedas consecutivas, as indústrias espalhadas pelo interior do Estado continuaram apresentando resultados negativos no terceiro mês de 2019. Todas as quatro regiões pesquisadas apresentaram baixas nas receitas. No acumulado do ano, porém, houve crescimento ou estabilidade.

De acordo com a Pesquisa Indicadores Industriais Regionais (Index Regional) da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), as quedas foram observadas na Zona da Mata (-14,4%), Centro-Oeste (-13,3%), Sul (-9,6%) e Leste (-4,3%). Os resultados do Norte e Triângulo não foram divulgados.

Mesmo com os resultados negativos do mês, o levantamento da Fiemg indicou crescimento nas receitas do Centro-Oeste e Leste no acumulado do primeiro trimestre de 2019.

No caso do Centro-Oeste, a alta foi de 5,8% nos três primeiros meses deste ano e representou o melhor resultado para o período desde 2017. Os demais indicadores – horas trabalhadas na produção, emprego e massa salarial real – apresentaram recuos, assim como em 2018. As baixas foram de 2,8%, 0,9% e 0,5%, respectivamente. Já o nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) foi de 69,5% no primeiro trimestre.

De maneira semelhante, o Leste acumulou alta de 5,9% no faturamento até o terceiro mês em decorrência do avanço das vendas no mercado interno e das exportações.

O emprego e a massa salarial real também cresceram no período, em 2,1% e 3,9%, pela ordem. Por outro lado, as horas trabalhadas na produção registraram queda expressiva, de 19,6%, a maior da série histórica, iniciada em 2011. Enquanto isso, a Nuci encerrou março em 63,3%.

Na Zona da Mata o faturamento real permaneceu praticamente estável no primeiro trimestre, com recuo de apenas 0,1%. As horas trabalhadas na produção e a massa salarial registraram quedas mais significativas, de 3,6% e 2,9%, respectivamente.

O emprego foi o único indicador que apresentou avanço no período (4,2%), sendo o maior crescimento para o trimestre desde 2011. O nível de utilização da capacidade instalada, neste caso, foi de 84%.

Por fim, na região Sul, todos os indicadores diminuíram no período de janeiro a março deste ano. O faturamento real registrou queda de 0,8% que foi explicada pelo recuo das vendas no mercado interno e das exportações.

Os resultados verificados nas demais variáveis foram piores que os registrados no mesmo período de 2018: horas trabalhadas na produção (-2,8%), emprego (-3%) e massa salarial (3,8%). A Nuci chegou a 70,1%.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas