Parque Tecnológico de Ouro Preto prevê R$ 100 milhões em investimentos e início em 2027

O Parque Tecnológico de Ouro Preto, um dos projetos mais significativos da região nas últimas décadas, começou a sair do papel na sexta-feira, (19), com o lançamento da pedra fundamental do projeto. O empreendimento, localizado na região Central de Minas Gerais deve receber aportes superiores a R$ 100 milhões até 2027, voltados para as etapas de construção e infraestrutura.

Viabilizado integralmente por capital privado, o projeto é fruto de uma iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Tecnologia (Smdeit) de Ouro Preto, em parceria com a Fundação Gorceix. O empreendimento, de 15 mil metros quadrados (m²), tem como foco principal o desenvolvimento de soluções em inovação para os setores mineral e metalúrgico, um dos pilares da economia do município.

Mesmo antes do início das obras, o Parque Tecnológico de Ouro Preto já registra uma demanda significativa por parte do setor privado. Até o momento, o empreendimento soma 16 cartas de intenção de empresas multinacionais interessadas em se instalar no local. Entre as presenças confirmadas está a mineradora Vale, que possui forte atuação na região.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Tecnologia de Ouro Preto, Felipe Guerra, a mineradora assinou um protocolo de intenções para estar presente no local a partir do desenvolvimento de soluções ligadas à inovação e tecnologia. “A procura pelo espaço tem sido expressiva. O projeto nasce com um compromisso social e educacional de apoio à ciência e apostando no fortalecimento de políticas públicas de desenvolvimento para a região”, acrescenta.

Além das soluções da Vale, a expectativa é que o Parque Tecnológico de Ouro Preto receba iniciativas de diversos empreendimentos ligados aos ramos de mineração e metalurgia. O projeto, que deve iniciar as operações a partir de 2027, já conta com o projeto arquitetônico concluído e está aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Para o secretário, o projeto sustenta-se em um tripé estratégico que integra as funções de parque, hub e incubadora, operando de maneira conjunta com outros componentes do município. A ideia, segundo ele, é que a estrutura atue simultaneamente no suporte ao surgimento de novas iniciativas, na conexão entre diferentes players do mercado e na instalação de operações consolidadas, especialmente voltadas ao desenvolvimento regional.

“O parque será um sistema onde universidades e empresas trabalham juntas. O objetivo é transformar o conhecimento em benefícios reais para a população, gerando empregos, renda e soluções práticas para os desafios da nossa cidade”, salienta.

Nos últimos quatro anos, Ouro Preto avançou de 16 mil para 22 mil postos de trabalho, consolidando-se entre as dez cidades mais empregadoras de Minas Gerais. Quanto a abertura de empresas, foram 4 mil novas aberturas, em setores diversificados como turismo e economia criativa.