Economia

Parte da indústria poderá operar na Onda Roxa

Parte da indústria poderá operar na Onda Roxa
Crédito: Divulgação/Aperam

Sandra Carvalho

Uma boa parte dos setores da indústria poderá funcionar em municípios incluídos na chamada “Onda Roxa”, criada pelo governo do Estado através do programa Minas Consciente, para conter a pandemia de Covid-19.

Isso porque o governo manteve o caráter de essencialidade de cadeias produtivas que lidam diretamente no combate e prevenção à doença. A medida, divulgada ontem, atende a uma a demanda da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

“Nós conseguimos, junto ao governo estadual, a expansão do conceito de cadeia produtiva, ou seja, não é só o segmento industrial específico que é considerado essencial e prioritário. Dessa forma, boa parte da indústria pode continuar operando, já que ela é fundamental para toda a sociedade”, explicou o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe.

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Considerada a onda mais restritiva do Minas Consciente, a Onda Roxa é a que mais impacta nas atividades econômicas e na mobilidade da população. Cidades do Triângulo Mineiro e do Norte e Noroeste de Minas estão nessa faixa de restrição.

A medida prevê, por exemplo, toque de recolher à noite e de madrugada, uso obrigatório de máscaras e o funcionamento apenas de serviços essenciais.

No entanto, indústrias que forneçam insumos para outras fábricas que produzam para as chamadas atividades essenciais, poderão continuar funcionando. Esse é o caso, por exemplo, do setor têxtil, fundamental na produção de roupas hospitalares ou máscaras. Sendo assim, uma paralisação no seu funcionamento poderia impactar a cadeia produtiva de áreas correlacionadas, comprometendo o abastecimento da população.

É o mesmo caso das indústrias de plástico e papelão, cujos produtos são necessários à indústria farmacêutica e à indústria de alimentos. A produção de equipamentos médicos, como cilindros de transporte de oxigênio, entre outros, depende da indústria mineral e siderúrgica, relacionadas ao minério de ferro.

“Em Minas Gerais, aproximadamente 70% da produção industrial é direcionada à própria indústria, o que demonstra a importância da manutenção do funcionamento de toda cadeia produtiva relacionada às atividades de cunho essencial”, disse o secretário de Estado-Adjunto, Fernando Passalio Avelar, em ofício enviado à Fiemg.

De acordo com o Governo de Minas, a Onda Roxa é necessária diante do rápido avanço da pandemia em algumas regiões. “É uma ferramenta emergencial para conter a evolução da pandemia e reestabelecer com velocidade a capacidade de assistência médica para que não ocorra o colapso da mesma”, afirmou o secretário-adjunto. A lista das atividades essenciais da Onda Roxa pode ser acessada no site do governo do Estado.

“Tentaremos ampliar (o funcionamento na Onda Roxa) ainda mais para todo o segmento industrial nas próximas reuniões do Comitê do Covid, que se darão nas próximas terça (hoje) e quarta-feira. Até lá, as empresas que estão em regiões da fase roxa devem se ater ao conceito de cadeia industrial”, recomendou Roscoe.

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