Passagem em BH sofre reajuste; novo preço começa a valer neste domingo

Após um longo imbróglio entre a Prefeitura de Belo Horizonte e as empresas de ônibus da Capital, foi definido, enfim, nesta quarta-feira, o novo valor da passagem do transporte público. O acordo ocorreu em audiência no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que teve a participação de representantes da gestão municipal e das empresas de transporte coletivo.
A tarifa de ônibus, portanto, passará a custar R$ 6,00, a partir já deste domingo (23), até que a Câmara Municipal decida um novo modelo de remuneração do sistema. O pedido das empresas de ônibus, originalmente, era de que a passagem custasse R$ 6,90.
A PBH, em nota, reforçou que irá arcar com uma parte dos custos do sistema de transporte coletivo. Apesar da vontade do prefeito Fuad Noman, a Prefeitura depende da aprovação da Câmara Municipal de Projeto de Lei (PL) enviado no dia 21 de março, que aponta intenção do Executivo de cobrir até R$ 476 milhões no ano.
Na última sexta-feira, o prefeito chegou a postar em suas redes sociais uma “indireta” para o presidente da Câmara, Gabriel Azevedo, reclamando que o projeto ainda estava em tramitação.
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Cinco anos sem aumento
A PBH esclareceu que a tarifa não sofria aumentos desde 2018 devido aos esforços da administração, já que o contrato vigente desde 2008 prevê reajustes anuais devido à inflação.
A discussão da alteração da passagem de ônibus vem acontecendo desde 2022, quando um subsídio emergencial foi aprovado até março deste ano, que manteve a tarifa em R$ 4,50.
Na audiência desta quarta-feira, também foi decidido que haverá a ampliação do atendimento do Cartão BHBus – Benefício Inclusão para atingir mais cidadãos. Entre os beneficiados estão famílias em situação de extrema pobreza, mulheres em situação de violência doméstica e familiar, jovens mapeados e acompanhados pelo Centro de Referência das Juventudes e pessoas em tratamento oncológico no SUS, conforme regulamento a ser editado. Também foi acordado que, visando a proteger a população mais vulnerável, as linhas de vilas e favelas terão tarifa zero.
O SetraBH foi procurado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, mas não houve retorno até o momento.
*Estagiária sob supervisão da edição.
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