PBH anuncia programa de obras contra as chuvas

A tragédia pernambucana, com mais de 100 mortes provocadas pelas fortes chuvas, acendeu o sinal de alerta nas grandes cidades brasileiras. Em Belo Horizonte, o prefeito Fuad Noman (PSD) anunciou ontem à tarde pelo Twitter um amplo programa de obras para prevenir e combater os efeitos das chuvas na capital mineira. O Programa de Gestão de Risco Geológico-Geotécnico prevê mais de 200 obras, com pelo menos 70 intervenções, segundo o prefeito, finalizadas ainda este ano.
“Também solicitei que a PBH intensificasse o mapeamento e o Diagnóstico de Riscos Geológicos, que são contínuos, em todas as regiões. Assim, será possível realizar o planejamento adequado para identificar e executar as intervenções necessárias”, salientou Noman, cuja assessoria de comunicação não revelou o valor dos investimentos, sua origem ou o cronograma de aplicação.
Segundo a PBH, o programa de obras emergenciais para mitigar os riscos geológicos em Belo Horizonte está sendo finalizado e será apresentado nos próximos dias. Os novos esforços irão se somar a ações anteriores da Prefeitura, que realizou cerca 5 mil vistorias de avaliação de risco geológico em 2020 e transferiu 1.050 famílias de áreas de risco.
“Seguiremos trabalhando para que o cidadão de BH não tenha sua vida, sua casa e seus bens afetados pelas fortes, que, infelizmente, são cada vez mais intensas e frequentes”, disse o prefeito na rede social. “Como diria o ex-prefeito Alexandre Kalil, chuva não se combate na chuva. Chuva se combate na seca”, acrescentou.
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Arrudas
No mês passado, a PBH assinou um convênio com o governo estadual e a Prefeitura de Contagem para a execução de obras de contenção de cheias nos córregos Ferrugem e Riacho das Pedras, que são afluentes do ribeirão Arrudas.
Serão aplicados cerca de R$115 milhões de recursos para obras nas bacias da Vila Itaú e Vila PTO, sendo R$ 107 milhões em repasse estadual e R$ 7 milhões do município de Contagem, responsável pela execução das obras. A previsão é que os trabalhos tenham duração de 18 meses, contados a partir da finalização do processo licitatório.
Ao todo, o Estado vai destinar R$ 298 milhões provenientes do Termo de Reparação assinado com a Vale após o rompimento da barragem em Brumadinho, em 2019. Os outros R$ 120 milhões serão usados pelo governo de Minas para indenizações de desapropriação de famílias que moram no entorno do córrego. (Com informações da Agência Minas)
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