PBH avança na flexibilização das medidas de distanciamento

Belo Horizonte vive mais uma flexibilização das medidas de distanciamento social. Na tarde da última sexta-feira (5), foi anunciado pela Prefeitura que bares e restaurantes poderiam comercializar bebida alcoólica até as 22h já a partir do sábado (6).
A autorização, entretanto, não vale para a sexta-feira pré-Carnaval (12), segunda, terça e quarta-feira (15, 16 e 17). No sábado e domingo do Carnaval, inclusive, bares e restaurantes não poderão abrir as portas.
Além disso, também foi permitido que praças de alimentação e serviços considerados essenciais nos shopping centers funcionem aos domingos.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel MG), Matheus Daniel, destaca que a medida foi bem recebida pela entidade. Isso vai ser muito importante para os estabelecimentos, de acordo com ele, uma vez que até a última sexta-feira esses empreendimentos só podiam comercializar bebida alcoólica de 11h às 15h, o que gerava muitos prejuízos.
Matheus Daniel já havia destacado para o DIÁRIO DO COMÉRCIO o quanto o segmento estava sofrendo com as restrições, já que as bebidas alcoólicas representam cerca de 60% do faturamento de 70% do segmento.
Além disso, sem poder vendê-las, explicou o presidente da Abrasel MG, também fica muito mais difícil comercializar os outros produtos. “As pessoas, em geral, não vão aos bares se não tiver bebida alcoólica”, disse ele.
Apesar de avaliar que a medida já vai ajudar muito, Matheus Daniel afirma que o horário determinado ainda não é o ideal – seria importante que fosse estendido até meia-noite, diz ele.
Para isso, ressalta, é relevante que tanto os empreendimentos quanto os consumidores façam a sua parte, inclusive para diminuir os números relacionados à Covid-19.
“O horário ainda não é o ideal, mas para quem estava fechado já é muito melhor. É importante que os empreendedores façam a sua parte, inclusive não permitindo aglomerações, e que o público também colabore. Se chegou a um bar e está cheio, procure outro”, salienta.
Shoppings – A flexibilização nos shoppings também foi bem recebida pela Associação dos Lojistas de Shopping Centers de Minas Gerais (AloShopping), tendo em vista que muitas pessoas gostam de frequentar esses locais aos fins de semana.
O superintendente da entidade, Alexandre França, destaca que os centros de compras são também um lugar de entretenimento, onde muitas pessoas vão almoçar aos domingos, por exemplo. “Acredito que a medida vai ajudar muito”, diz ele.
Os serviços não essenciais, entretanto, continuam sem funcionar aos domingos nos shoppings. Isso também é importante, diz França, sobretudo para as lojas menores, por conta dos custos mais elevados nesse dia da semana.
“Há um custo maior aos domingos com os funcionários, para uma venda pífia. O que impulsiona as vendas nos shopping centers aos domingos é o entretenimento, bares, restaurantes, lazer. Tem lojista que vende um sapato no domingo”, destaca ele.
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