Economia

PBH fará obras contra chuvas em Venda Nova

PBH fará obras contra chuvas em Venda Nova
A avenida Vilarinho vai receber intervenções para deter as inundações em épocas de chuvas | Crédito: GERMA VENDA NOVA / PBH

As enchentes que afetam a região Norte da capital mineira há décadas parecem, enfim, estar com os dias contados. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e a Caixa Econômica Federal assinaram um convênio de R$ 200 milhões, cujos recursos serão destinados a intervenções na avenida Vilarinho, em Venda Nova.

As obras devem começar no ano que vem e prometem melhorar o sistema de drenagem de águas pluviais nas bacias hidrográficas dos córregos Vilarinho, Nado e Ribeirão Isidoro.

E para acabar de vez com o problema na região que, nos últimos dois anos, no período de chuvas arrasou quarteirões, arrastou carros e pessoas e deixou mortos e feridos, será necessário um total de 12 fases de intervenções, que estão distribuídas em três etapas. A estimativa da Prefeitura é executar todas as obras ao custo de R$ 500 milhões. Algumas, inclusive, já começaram.

O anúncio foi feito pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD), que enfatizou que o contrato permitirá reter 50% das águas que inundam a região em épocas de chuva, por meio da construção de dois reservatórios de água. Juntos, os chamados “piscinões” vão segurar 230 milhões de litros de água proveniente das chuvas.

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“Em 2017, eu falei que essa situação não podia continuar e não vai continuar. Um dia isso teria que começar. Isso aqui não é metrô, é uma assinatura de contrato. O dinheiro está carimbado e as obras começam no ano que vem, independentemente de quem estiver assentado nesta cadeira. A partir de agora o próximo prefeito terá que iniciar um grande projeto para por fim ao sofrimento daquela região”, declarou em entrevista coletiva.

O secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Josué Valadão, detalhou que a primeira etapa das obras contará com seis fases, das quais, duas já estão em andamento; a segunda etapa terá quatro fases; e a terceira etapa, duas fases.

“As (fases) mais importantes são estas que estamos assinando o contrato. As outras são de natureza mais simples e com custos menores. Mas, ao todo, a estimativa final das obras da Vilarinho chega a R$ 500 milhões. Destes, R$ 200 milhões são referentes a este convênio com a Caixa. Outros R$ 174 milhões já foram aprovados no Cofiex (Comissão de Financiamentos Externos) e o restante ainda enfrenta alguma morosidade, porque para fazer obras, precisamos de financiamentos”, explicou.

Sobre os reservatórios, Valadão disse que dois grandes “piscinões” profundos serão construído: um ao longo da Vilarinho e outro na rua 12 de Outubro, aos moldes do que já existe, por exemplo, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Segundo ele, são reservatórios de 34 metros de profundidade. “Eles vão coletar a água e bombear de forma regular para a rede de drenagem”, ressaltou. Cada reservatório terá capacidade para 115 mil metros cúbicos de capacidade.

Ainda conforme ele, o projeto está em fase final com a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e a licitação deverá ocorrer até dezembro. Desapropriações também serão realizadas. “O prazo total da execução da obra, caso ande tudo dentro do cronograma, como licitação e assinatura de contrato, é de 36 meses”, completou.

Enquanto isso, os planos de prevenção seguem em coordenação com a Defesa Civil, BHTrans e Guarda Municipal, como a interdição de vias na região em caso de chuvas fortes.

Repasse – Os R$ 200 milhões referentes ao convênio serão depositados nos cofres da PBH somente após o período eleitoral, mas o termo assinado nesta terça já garante o empréstimo, com juros de 0,92% ao ano, segundo o superintendente de rede da Caixa Econômica Federal, Marcelo Bomfim. Conforme ele, o contrato é expressivo.

“Esse é um dos maiores contratos do País e é importante, porque resolve problemas de muito tempo. O dinheiro está disponível desde o contrato assinado e que apenas não serão liberados imediatamente, em função do período eleitoral. Os recursos já estão disponíveis e o município pode executar a obra”, disse.

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