BRT Amazonas: PBH assina ordem de serviço para implantação de corredor na avenida

O prefeito de Belo Horizonte Fuad Noman (PSD) assinou, nesta quarta-feira (19), a ordem de serviço para o início do projeto do corredor da avenida Amazonas, e também para as obras de urbanização no Cabana do Pai Tomás.

O Consórcio Certare Architectus foi selecionado, por meio de licitação, para elaborar os estudos e projetos do corredor (BRT Amazonas). O serviço tem prazo de 30 meses para a execução. A previsão é que as obras comecem apenas em 2026. Esta etapa do projeto está orçada em R$ 19 milhões.

As obras fazem parte do projeto de Melhoria da Mobilidade e Inclusão Urbana no BRT Amazonas, que contempla o acesso prioritário para o sistema de transporte público e coletivo por ônibus.

Para o atendimento aos projetos de mobilidade urbana desta contratação, a área de estudos preliminares e de viabilidade considerou uma extensão de cerca de 40 quilômetros de vias.

---

O sistema irá operar em pista e faixa exclusivas à esquerda, ao modelo BRT, no corredor Amazonas e na avenida Olegário Maciel, e à direita nas vias do Barreiro e do município de Contagem.

De acordo com o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Leandro Pereira, o objetivo principal do Corredor Amazonas é diminuir o tempo de deslocamento das pessoas no transporte público que, hoje, atende cerca de 835 mil passageiros por dia.

“Não é um benefício apenas para Belo Horizonte, mas para toda a Região Metropolitana (RMBH). É característica da avenida Amazonas receber ônibus de transporte coletivo de outras cidades como Betim e Contagem. Todos os estudos estão sendo revisados em conjunto com as prefeituras para que a gente consiga fazer uma obra que, de fato, traga uma transformação para o vetor Oeste da cidade”, afirmou.

Além de melhorar o desempenho operacional do transporte público na região, a PBH espera que o projeto também acrescente:

• prioridade ao transporte coletivo no sistema viário;
• aumento da velocidade operacional dos ônibus;
• mais segurança nas travessias de pedestres;
• maior fluidez na circulação viária para os ônibus;
• racionalização da operação com a otimização da frota;
• redução dos custos do transporte público;
• facilidade na integração com outros modos de transporte;
• compartilhamento dos espaços da cidade de forma justa e racional.

De acordo com a PBH, no total, serão 39,67 quilômetros de tratamento de vias ao longo da avenida Amazonas e nas ruas e avenidas da região do Barreiro. Nas avenidas Amazonas e Olegário Maciel também serão implantadas estações de transferência similares às existentes nos corredores Antônio Carlos, Cristiano Machado, Paraná e Santos Dumont.

Além disso, uma nova estação de integração será implantada na interseção das avenidas Amazonas e Teresa Cristina.

Urbanização do Cabana vai custar R$ 200 milhões

As obras de urbanização no Cabana do Pai Tomás incluem a implantação de um novo Centro de Referência de Assistência Social (Cras), de um viaduto, uma nova avenida e a abertura de um complexo viário, dentre ouras. Para isso, o investimento será de R$ 200 milhões, recursos oriundos do contrato da própria PBH e do Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).

O objetivo das intervenções, segundo o diretor-presidente da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel) Claudius Vinícius, é facilitar o acesso ao transporte público “para quem realmente precisa”.

“Essa via [avenida a ser construída no Cabana] vai receber transporte complementar, captar a demanda e levar para a Amazonas. Não vamos esquecer que do outro lado também já existe a retomada do metrô de forma a facilitar ainda mais o acesso aos transportes públicos”, disse.

Integração entre municípios da RMBH

Em abril, as prefeituras de Belo Horizonte, Contagem e o Governo de Minas assinaram um protocolo de intenções para o compartilhamento de informações que serão utilizadas para promover a integração dos sistemas de transporte dos municípios da RMBH pelo BRT Amazonas. A intenção é que a troca de dados contribua para um modelo de mobilidade urbana metropolitana mais efetivo.

O projeto abrange cerca de 24 quilômetros da avenida e atende o Vetor Oeste da Capital, contemplando as regiões Central, Oeste e Barreiro, e também a RMBH.