Economia

Pela 1ª vez desde início da gestão Lula, mais pessoas acham que emprego vai piorar

Enquanto os números oficiais mostram queda gradual do desemprego, mais pessoas ouvidas pela CNT acreditam que a situação do emprego vai piorar nos próximos meses
Pela 1ª vez desde início da gestão Lula, mais pessoas acham que emprego vai piorar
Foto: Marcello Casal Jr. / Agencia Brasil

Pesquisa CNT divulgada nesta terça-feira (25), mostra que a avaliação da população sobre a situação do emprego no Brasil contrasta com os dados oficiais do Ministério do Trabalho e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Enquanto os números oficiais mostram uma queda gradual do desemprego, mais pessoas ouvidas pela Pesquisa CNT dizem acreditar que a situação do emprego vai piorar nos próximos meses do que melhorar.

É a primeira vez no governo Lula que as expectativas negativas sobre o emprego superam as positivas. Para 31,7%, a situação vai piorar, enquanto para 30% vai melhorar. A maior fatia dos entrevistados (35,8%) afirmou que a situação vai ficar igual.

No fim do ano passado, o IBGE divulgou que o desemprego nunca esteve tão baixo no País. No trimestre encerrado em novembro, o porcentual de desocupados chegou a 6,1%, o menor da série histórica iniciada em 2012.

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Segundo o instituto, há 39,1 milhões de pessoas trabalhando com carteira assinada no Brasil, o maior patamar registrado pela pesquisa. O nível de ocupação (58,8%) também é o mais alto desde 2012.

Mesmo diante desse cenário, o governo enfrenta a desconfiança da população e viu sua popularidade cair nos últimos meses.

A mesma pesquisa CNT reforçou a tendência de queda na popularidade do presidente Lula. As avaliações positivas da gestão caíram de 35% para 29% de novembro de 2024 para fevereiro de 2025, seguindo a tendência já mostrada nas últimas pesquisas do Datafolha e da Quaest. As avaliações negativas subiram de 31% para 44% no mesmo período no levantamento da CNT.

A percepção negativa sobre o governo Lula aumentou entre os mais pobres e na classe média. Entre as pessoas que ganham até dois salários mínimos, 24% classificavam o governo como ruim ou péssimo em novembro de 2024. Agora, são 35%. Entre os que ganham de dois a cinco salários mínimos, 33% afirmavam que o governo era ruim ou péssimo no fim do ano passado. Agora, são 49%.

As expectativas da população sobre renda, saúde, educação e segurança também tiveram quedas em fevereiro deste ano em relação a novembro do ano passado, o que indica uma queda generalizada das expectativas da população em relação ao governo:

  • Renda: 29% dizem acreditar que vai melhorar (eram 35%); 13% acham que vai piorar (eram 11%);
  • Saúde: 27% dizem acreditar que vai melhorar (eram 35%); 30% acham que vai piorar (eram 21%);
  • Educação: 35% dizem acreditar que vai melhorar (eram 39%); 22% acham que vai piorar (eram 20%);
  • Segurança: 26% dizem acreditar que vai melhorar (eram 29%); 36% acham que vai piorar (eram 29%).

(Conteúdo distribuído pelo Estadão Conteúdo)

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