Economia

Pequenos negócios criam quase 19 mil vagas de emprego em abril 

É o terceiro mês consecutivo de saldo positivo de vagas nos pequenos negócios de Minas Gerais, aponta Sebrae
Pequenos negócios criam quase 19 mil vagas de emprego em abril 
Crédito: Alisson J. Silva/Arquivo Diário do Comércio

As micro e pequenas empresas (MPEs) de Minas Gerais criaram 18.978 postos de trabalho com carteira assinada no quarto mês do ano, fruto de 132.663 contratações e 113.685 desligamentos. O resultado corresponde ao terceiro saldo positivo consecutivo. Do total de empregos gerados no Estado em abril, os pequenos negócios foram responsáveis por 69,8%. 

As informações são de um levantamento do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Minas Gerais (Sebrae Minas). A pesquisa tem como base os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Ainda conforme a análise, o superávit cresceu 7,40% em relação a abril de 2022 (saldo de 17.670 vagas), mas caiu 13,86% em comparação a março deste ano (22.032). O assistente da Unidade de Inteligência Empresarial da entidade, André Costa, explica que, apesar da queda, desde fevereiro observa-se uma crescente geração de vagas nos pequenos negócios mineiros.

Ele destaca que ao verificar o saldo acumulado dos primeiros quatro meses de 2023 (65.116), frente ao mesmo intervalo de tempo do ano anterior (55.764), houve um crescimento de quase 17%, o que indica uma retomada na abertura de postos de trabalho nas MPEs.

Setor de serviços gera o maior número de empregos e BH lidera ranking municipal

O levantamento também mostrou que, em abril, os pequenos negócios de todos os grupos econômicos apresentaram saldos positivos. Novamente, destacaram-se as MPEs do setor de serviços, que registraram a abertura de 9.340 postos de trabalho. Conforme o assistente do Sebrae Minas, as atividades de transporte rodoviário de cargas (831 vagas), educação infantil (812) e organização de eventos (583) foram os principais responsáveis pelo resultado. 

Na sequência da lista, ficaram os setores de construção civil (3.675), puxado principalmente pela atividade de construção de rodovias e ferrovias (1.000), e agropecuária (2.692), com destaque para as atividades de cultivo de café (1.045) e preparação de terreno, cultivo e colheita (714). As MPEs dos grupos de comércio (1.811), indústria de transformação (1.324) e indústria extrativa mineral (136) também registraram superávits de empregos no mês. 

Em relação aos municípios que mais geraram vagas no período, os pequenos negócios de Belo Horizonte ficaram na dianteira, com a criação de 3.441 vagas. Em seguida, ficaram as MPEs de Patos de Minas (1.280) e Betim (892).

Do lado oposto, as MPEs de Rio Paranaíba fecharam 175 postos de trabalho, levando o município a ter o pior saldo de vagas. Na sequência, ficaram os pequenos negócios de Capetinga (-77) e Várzea da Palma (-73).

Período tende a permanecer favorável com festividades 

Quanto aos próximos resultados, Costa afirma que a tendência é que o mercado de trabalho permaneça favorável às MPEs do Estado. No entanto, uma retomada ainda maior depende de um cenário econômico melhor, como a queda da taxa Selic. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mineiro e as festividades sazonais são motivações para um otimismo.

“Tivemos o crescimento do PIB no primeiro trimestre. Isso pode ser animador para os pequenos negócios, especialmente devido aos resultados positivos do setor do agronegócio, que é muito forte em Minas Gerais. Além disso, temos as festividades. Em maio foi o Dia das Mães, agora em junho o Dia dos Namorados e as festas juninas. Esses fatores com certeza trazem uma perspectiva de melhora”, avalia.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas