Pequenos negócios criaram 61% dos novos empregos nos quatro primeiros meses do ano

Os pequenos negócios foram responsáveis, no acumulado dos quatro primeiros meses do ano, pela criação de mais de seis em cada 10 postos de trabalho formal criados no país. Segundo estudo realizado pelo Sebrae, a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do total de 958,4 mil vagas geradas na economia brasileira, as MPE responderam por 588,1 mil empregos (61,4%).
Já as médias e grandes geraram 292,4 mil empregos.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, a análise do Sebrae confirma a força e a importância dos pequenos negócios.
“Os números do Caged são extraordinários para a nossa economia. São quase 1 milhão de novos empregos que evidenciam a pujança do momento que estamos vivendo, sempre de acordo com o conceito difundido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que é o de colocar o povo no orçamento.” diz Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional.
“As políticas sociais, os programas e os processos de inclusão estão novamente impactando positivamente a economia brasileira e, sobretudo, promovendo processos de mudança na vida do povo. Importante destacar que 61,4% dessa empregabilidade alcançada nos últimos quatro meses é originária dos micros e pequenos empreendedores, que são os grandes distribuidores da renda no Brasil e a base sólida da economia brasileira”, acrescentou Décio Lima.
O estudo do Sebrae indica que, no último mês de abril, 65% do total de vagas de emprego criadas estavam nos pequenos negócios. Do universo de 240 mil postos de trabalho, quase 156 mil estavam nas MPE. Já as médias e grandes responderam por 69,4 mil empregos.
Ainda de acordo com o estudo, as atividades que lideraram a geração de vagas entre as MPE no mês de abril foram: Serviços (com 77,8 mil), Construção (com 33 mil) e Comércio (com 21,9 mil).
Em 2023, mais empreendedores estabelecidos no Brasil
O crescimento da economia no país permitiu que mais brasileiros que abriram um negócio conseguissem manter as portas abertas por um período superior a 3,5 anos. De acordo com a nova edição da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2023, realizada pelo Sebrae em parceria com a Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe), a taxa de empreendedores estabelecidos, como é denominado esse grupo, atingiu o maior patamar dos últimos quatro anos ao bater os 11,9%, uma diferença de 3,2 pontos percentuais se comparado com 2020.
Esse resultado indica que os donos de negócios em estágios iniciais conseguiram sobreviver e passar a uma condição de maior estabilidade e entre os fatores que podem explicar esse incremento estão a melhoria no ambiente de negócios, as quedas na inflação e na taxa de juros, o aumento do PIB e o pleno emprego.
O relatório da GEM ainda mostrou uma queda de 11,8 pontos percentuais no empreendedorismo por necessidade, se comparado com 2020, quando metade dos empreendedores abriam uma empresa por necessidade. Passando dos 50,4% em 2020 para 38,6% no ano passado.
A queda na porcentagem de empreendedorismo por necessidade influenciou diretamente na abertura de novos negócios do país. O relatório da pesquisa mostra que a taxa de empreendedores iniciais – aqueles que estão se preparando para ter um negócio ou que abriram a empresa em até 3,5 nos – caiu de 23,4, em 2020, para 18,6, em 2023.
Esse resultado acabou reduzindo a taxa de empreendedorismo do país – que é composta por estabelecidos e inicias – de 31,6 para 30,1, quando analisado o mesmo período.
Outros dados da pesquisa sobre os empreendedores com 3,5 anos ou mais de atividade:
- 53% têm entre 35 e 54 anos;
- 39% têm o nível médio de escolaridade completo;
- 56% têm mais de três salários-mínimos de remuneração;
- 52% são pretos ou pardos.
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