Economia

Pesquisa aponta prejuízos para Confins

Pesquisa aponta prejuízos para Confins
Intenção é transformar aeroporto em hub internacional - CREDITO:ALISSON J. SILVA

Os impactos econômicos na concessão do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (Confins) com a possível retomada das operações de voos comerciais interestaduais no Aeroporto da Pampulha foram discutidos, ontem, no auditório da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge).

O estudo técnico apresentado pela Ceres Inteligência Financeira, empresa de consultoria, projetou um impacto de aproximadamente R$ 374 milhões em termos presentes até 2044, quando a concessão do Aeroporto Internacional se encerra. A projeção foi trazida para o valor presente diante de uma taxa de desconto determinada para o risco de aeroporto e, até o fim da concessão, o valor será de cerca de R$ 2,3 milhões por mês.

A pesquisa apontou ainda que os reflexos negativos estão relacionados diretamente aos voos e não às conexões. Os impactos são oriundos das receitas tarifárias não obtidas como taxa de embarque, tarifas de conexão e pousos, além de receitas não tarifárias relacionadas, que são aquelas relativas ao que os passageiros deixam de consumir por não usarem o terminal.

“É importante enfatizar que a operação na Pampulha vai ter impacto em Confins, especialmente nas sobreposições de voos. Existe um problema de operação de dois aeroportos, uma necessidade de movimentação de passageiros, que, atualmente, pela nossa demanda local, não é suficiente”, explicou o sócio-diretor da Ceres, Alexandre Galvão.

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Hub internacional – Apesar do impacto negativo, Galvão destacou que podem existir medidas para reduzir o problema e uma delas é tentar estimular voos internacionais, que têm expectativas de receitas maiores, com a finalidade de transformar o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte em um hub internacional.

“Por já ser um hub doméstico, existe uma estrutura aeroportuária preparada e uma vocação atual de Confins que é a agilidade no atendimento para pousos e decolagens. Esses são atrativos importantes, e um hub internacional permite ainda o desenvolvimento de outros pontos, como conexões, consumo e oportunidades de negócios”, afirmou.

O diretor-presidente da Codemge, Marco Antônio Castello Branco, ressaltou a importância de preservar a saúde financeira da concessão do Aeroporto Internacional. Segundo ele, o Estado pretende atender à demanda das companhias aéreas e reduzir a incidência do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) no querosene de aviação para 2% como incentivo ao hub internacional.

“Ao promover, facilitar e incentivar o hub internacional, queremos transferir o recurso dos impostos para que as companhias de aviação aumentem a frequência dos voos internacionais em Confins e isso permita que o aeroporto da Pampulha funcione sem prejudicar a concessão”, disse.

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