Pesquisa revela que 16% da população de BH usa serviços de lavanderia

Pesquisa de mercado constatou que 16% da população da Capital utiliza serviço de lavanderias. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) em conjunto com o Sindicato das Lavanderias e Similares de Belo Horizonte (Sindlav BH) realizaram, pela primeira vez, uma pesquisa para entender o cenário e a dinâmica desse mercado em Belo Horizonte.
O número é considerado alto na avaliação da economista da Fecomércio-MG, Gabriela Martins. “Isso significa que o mercado tem uma demanda bastante expressiva pelo serviço”, pontuou. Entretanto, ela destaca que, de acordo com o estudo, 30% dos não usuários admitiram já terem feito uso desses serviços em algum momento, o que na opinião dela é uma mostra clara de um potencial significativo de mercado a ser explorado pelas lavanderias na capital mineira.
Em relação aos hábitos de consumo, os resultados apontam que a frequência de uso do serviço, para a maioria dos usuários das lavanderias, varia entre mensal e trimestral. As peças mais frequentemente lavadas pelos consumidores incluem cortinas, tapetes, sofás, roupas sociais e itens de cama, mesa e banho. O principal motivo apontado para recorrer aos serviços de lavanderia é a necessidade de cuidados especiais com essas peças. Para a economista da Fecomércio, é exatamente por isso que os consumidores apontam a qualidade do serviço e a confiança como pontos importantes na hora de escolher uma lavanderia.
Ainda no que diz respeito às preferências dos usuários, 73,4% alegaram preferir lojas físicas e entrega e retirada no balcão. Porém, quando perguntados sobre serviços adicionais considerados importantes, 74% citou o serviço de retirada e entrega (delivery). “O consumidor já conhece, já confia e sugere o serviço adicional de delivery. É algo como: sei que eu posso confiar de olhos fechados e seria ótimo que vocês pudessem buscar as roupas aqui em casa”, explica Gabriela Martins.
Para o diretor do Sindlav, Gustavo Bregunci, “a busca por serviços que ofereçam conveniência e qualidade está em alta. Neste sentido, investir em tecnologias que simplifiquem esses processos e melhorem a oferta de serviços como delivery pode ser um diferencial competitivo importante”, sugere.
A tendência da conveniência fez o tradicional centro de compras da região da Pampulha, o ViaBrasil, fazer uma transição de negócios e seguir o objetivo de se tornar um centro de facilidades para o consumidor. Nessa linha, entre as lojas que serão inauguradas ainda este ano, há uma lavanderia.
O proprietário da Lavanderia Express, Denilson Magela, situada no bairro Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte, alega que o forte dele é mesmo o balcão. “A gente tem delivery, mas até por atendermos mais os idosos, eles são muito adeptos ao serviço. Preferem entregar a roupa no balcão, conferir e buscar quando o serviço estiver pronto”, explicou.
Consumidor atento às questões sustentáveis
Quanto ao perfil do consumidor, Quase a metade dos usuários do serviço entrevistados possui entre 24 a 59 anos, com ensino médio completo (52,4%) e a maioria são mulheres (54,6%). A grande parte possui renda entre R$ 2,6 mil e R$ 3,9 mil. E o motivo principal para quem não utiliza o serviço é a falta de necessidade, já que alegaram fazer o serviço em casa.
Quanto às embalagens, embora sacos plásticos sejam preferidos, a maioria dos consumidores demonstra não se importar com o tipo utilizado, contanto que seja prático e funcional. Além disso, a pesquisa revelou que a maioria dos consumidores deseja opções sustentáveis de embalagens a preços acessíveis, demonstrando uma preocupação crescente com a sustentabilidade ambiental.
“Promover práticas de negócios ambientalmente responsáveis e adotar tecnologias limpas pode não apenas atrair um segmento de mercado mais consciente, mas também posicionar as lavanderias de Belo Horizonte como líderes em inovação e responsabilidade ambiental no setor”, diz o diretor do Sindlav BH.
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