Economia

Petrobras conclui a venda de 90% da TAG para a Engie e fundo canadense

São Paulo – A Petrobras informou ontem que concluiu a venda de 90% de sua participação na Transportadora Associada de Gás (TAG) para o grupo formado pela elétrica francesa Engie e pelo fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ).

Segundo a estatal, o fechamento da transação ocorreu também ontem, com o pagamento total de R$ 33,5 bilhões para a Petrobras, sendo aproximadamente R$ 2 bilhões destinados à liquidação da dívida da TAG com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A Petrobras continuará a utilizar os serviços de transporte de gás natural prestados pela TAG, por meio dos contratos já vigentes entre as duas companhias, “sem qualquer impacto em suas operações e na entrega de gás natural para seus clientes”.

A venda da TAG, realizada dentro de um grande plano de desinvestimento da companhia, que visa principalmente reduzir dívidas, foi realizada após o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar na semana passada a negociação.

Reajustes – A Petrobras deverá trabalhar com reajustes dos preços de combustíveis mais espaçados, afirmou ontem diretora executiva de Refino e Gás Natural, Anelise Lara, que ressaltou acreditar que a sociedade brasileira já entende melhor a política de preços da petroleira estatal.

A afirmação vem após a companhia ter anunciado na véspera uma revisão em suas regras sobre periodicidade das mudanças das cotações. A partir de agora, os reajustes de preços de diesel e gasolina serão realizados sem periodicidade definida.

Segundo a empresa, as alterações ocorrerão de acordo com as condições de mercado e da análise do ambiente externo, possibilitando a companhia competir de maneira mais eficiente e flexível.

“A ideia é não ter periodicidade. Já aprendemos que reajustes diários são ruins. Então vamos trabalhar com reajustes mais espaçados, mas não necessariamente a cada 15 dias”, disse a diretora, em uma conversa por telefone.

Em março, em meio a altas do preço do diesel no mercado internacional e ameaças de uma nova greve dos caminhoneiros, a Petrobras havia criado uma regra que impedia que o combustível fóssil fosse alterado nas refinarias em intervalos inferiores a 15 dias.

A revisão da política ocorre, agora, em meio a uma queda nos preços do petróleo e a um real mais forte frente ao dólar, fatores que interferem na decisão da Petrobras. Após anunciá-la a empresa reduziu em 4,6% o preço do diesel.

Questionada se a política de preços poderá mudar de novo se o barril do petróleo voltar a subir, Anelise Lara afirmou: “Não acredito. Acho que a sociedade também já entende melhor essa política de preços”. (Reuters)

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