Empresa mineira de exploração de petróleo faz parcerias e avança em estudos

A mineira Elysian Petroleum já está explorando os 122 blocos terrestres arrematados em leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), ocorrido em dezembro de 2023. A expectativa é que a primeira extração aconteça no final do ano que vem ou início de 2026.
Inicialmente, as primeiras operações estavam previstas para março de 2025, como o Diário do Comércio reportou em julho, mas os processos de licenças ambientais adiaram as estimativas, segundo o presidente da Elysian, Ernani Machado. “Essas licenças demoram muito e não tenho como precisar quando serão liberadas. O que estamos fazendo nesse momento é a exploração que está dentro do prazo previsto – lembrando que exploração são os estudos. Ainda não há extração”, explicou.
Para contribuir com o processo em busca de maior eficiência, diversas parcerias têm sido feitas. Recentemente, a petroleira assinou, por meio de uma união estratégica com a empresa de tecnologia JMMTech, um termo de cooperação técnica com o Centro de Inovação e Tecnologia (CIT) do Senai. O objetivo é a execução de projetos de pesquisa, desenvolvimento e prestação de serviços tecnológicos em busca da promoção de uma indústria de petróleo mais moderna, eficiente e ambientalmente sustentável.
“Essas parcerias têm o intuito de desenvolver tecnologias diferenciadas. Temos menos de seis meses da assinatura dos contratos de concessão, mas nossos estudos são cerca de 50 vezes mais rápidos que de qualquer outra empresa. O que já fizemos demoraria cerca de três anos”, detalhou.
Conforme o executivo, a empresa pretende tornar mais eficiente e mais assertiva a exploração do petróleo. Para isso, busca informações mais precisas que as existentes atualmente no mercado. “Hoje em dia se fazem cerca de 30 furos para achar petróleo. Isso é muito caro. Nosso objetivo é fazer menos furos com as novas tecnologias, como o laser, para termos mais assertividade”.
Machado esclarece que quando o estudo alcança entre 15% e 20% de certeza, as empresas já iniciam as perfurações em busca do petróleo. Segundo ele, este índice é baixo e a ideia é aumentá-lo. “Dessa forma economizamos recursos e nos tornamos ecologicamente mais responsáveis”, afirma.
A Elysian Petroleum também firmou parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS). Segundo o presidente da empresa, a universidade está colaborando nos estudos de campo da bacia Sergipe/Alagoas. “Estes estudos são conduzidos com informações da universidade, da empresa JMMTech, que detém tecnologias inovadoras para a exploração de petróleo e gás natural, e dados abertos da ANP e da EPE (Empresa de Pesquisa Energética)”, explica.
Projeto prevê R$ 400 milhões de investimentos em terra firme
Sediada em Belo Horizonte, a Elysian Petroleum tem se consolidado no setor de exploração de petróleo e gás natural e vai investir R$ 400 milhões na exploração do óleo mineral em terra firme no Brasil. Dos 122 blocos arrematados, 99 estão na bacia potiguar, 13 na bacia Sergipe/Alagoas e 10 na bacia do Espírito Santo. São blocos maduros, ou seja, em que já houve algum tipo de prospecção por outras empresas e, por isso, há mais possibilidade de encontrar petróleo.
“A magia do nosso sistema é a tecnologia atrelada à informação. A indústria do petróleo funciona há 50 anos da mesma forma, tanto na exploração quanto na extração. O que estamos fazendo agora é usar tecnologias inovadoras para ter uma amplitude maior de informações e sermos mais assertivos”, destaca.
Em todos os blocos, os estudos já estão avançados, porém, em diferentes estágios. A estimativa inicial é que sejam produzidos 2 mil barris por dia.
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