PIB de Minas Gerais cresce 1,5% no primeiro trimestre de 2022

O Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais chegou a R$ 207,9 bilhões no primeiro trimestre de 2022. O resultado indica aumento real de 1,5% na atividade econômica mineira em relação à mesma época do ano passado e fatia de 9,2% do índice nacional. O aumento do PIB do Estado foi próximo à média nacional que apurou elevação de 1,7% na mesma base de comparação.
As atividades de serviços e construção puxaram o desempenho da atividade econômica de Minas nos primeiros três meses do exercício. Por outro lado, agropecuária e as indústrias extrativa e de transformação tiveram retração.
Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (15) pela Fundação João Pinheiro, responsável pelo cálculo oficial da soma dos bens e serviços produzidos no Estado.
Segundo o pesquisador da FJP, Raimundo Leal, embora positivo, após dois trimestres consecutivos com resultados desfavoráveis, o índice de volume do PIB no primeiro trimestre de 2022 se mantém inferior (-4,1%) ao valor registrado no primeiro trimestre de 2014 (período com o valor mais alto da série dessazonalizada de Minas Gerais).
De maneira complementar, conforme Leal, o resultado indica continuidade no movimento que tem sido registrado desde o fim de 2020. A economia vem sofrendo os impactos da pandemia e agora é afetada pela guerra na Ucrânia. São os aumentos abruptos e surpreendentes nos preços, especialmente das commodities e produtos comercializados internacionalmente.
“Como a economia de Minas tem uma especialização produtiva de maior contribuição neste tipo de produto, isso reflete também na proporção do PIB de Minas em relação ao do Brasil”, comenta.
Do resultado estadual, R$ 183 bilhões foram referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 24,9 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Considerando o Valor Adicionado Bruto (VAB) das atividades no trimestre em Minas, a agropecuária somou R$ 18,4 bilhões (10,1% do total). Já a indústria R$ 48,7 bilhões (26,6% do total) e os serviços R$ 115,9 bilhões (63,3% do total).
Em relação à atividade econômica no restante do ano, o pesquisador da FJP avalia que se o setor de serviços continuar aquecido e trouxer outras contribuições para o desempenho, é possível que o Estado encerre o exercício com crescimento em torno de 1% no agregado.
“Não poderemos contar com a recuperação da produção industrial, mas a agropecuária com certeza vai trazer sua contribuição para a atividade econômica. Dependemos apenas de como o setor vai compensar ou anular o marasmo da indústria da transformação. Mas, sobretudo, o que vai determinar o resultado do ano será o esgotamento ou não da recuperação do nível de atividade dos serviços”, afirma.
Ouça a rádio de Minas