PIB recua 0,3% no segundo trimestre, de acordo com o Monitor da FGV

O Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) teve queda de 0,3% na passagem do primeiro para o segundo trimestre. O dado é do Monitor do PIB, divulgado ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
“A economia apresentou retração de 0,3% no segundo trimestre comparado ao primeiro, evidenciando que houve certo otimismo com o resultado do primeiro trimestre, mostrando que ainda há um longo caminho para a retomada mais robusta da economia”, disse o coordenador da pesquisa, Claudio Considera.
O levantamento mostra que, na comparação com o segundo trimestre de 2020, no entanto, o PIB apresentou uma alta de 12,1%.
Considerando-se apenas o mês de junho, houve alta de 1,2% em relação a maio e de 10,1% na comparação com junho do ano passado.
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A alta de 12,1% na comparação do segundo trimestre com o mesmo período do ano passado foi puxada pela formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, que avançaram 35,2% no período.
De acordo com a FGV, o crescimento do componente de máquinas e equipamentos (85,7%) segue sendo o principal responsável por esse desempenho significativo. Isso se deveu, em grande parte, ao crescimento de automóveis, caminhões e veículos automotores em geral. Entretanto, na taxa trimestral dessazonalizada contra o primeiro trimestre a formação bruta de capital fixo retraiu 2,2%.
Já o consumo das famílias cresceu 12,5% no 2º trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado. Pelo terceiro mês consecutivo, todos os componentes apresentaram crescimento, com destaque ao elevado crescimento de serviços (9,4%), produtos duráveis (48,4%) e semiduráveis (90,2%). Na série com ajuste sazonal o consumo das famílias cresceu 0,8% comparado com trimestre anterior.
A exportação cresceu 12,9% no 2º trimestre, em comparação ao mesmo período do ano passado. Foi registrado crescimento em todos os componentes da exportação, com exceção da agropecuária que apresentou queda de 0,2%.
As importações apresentaram incremento significativo de 37,6% no 2º trimestre, em comparação ao mesmo período do ano passado. Todos os componentes da importação apresentaram elevadas taxas de crescimento, com destaque para serviços (23,4%) que apresentou resultado positivo pelo segundo mês consecutivo. (Com informações da Reuters)
IGP-10 acelera e avança 1,18% em agosto
São Paulo – O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) acelerou a alta a 1,18% em agosto, depois de subir 0,18% em julho, com os efeitos das geadas e secas impulsionando os preços de commodities importantes, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com esse resultado, o índice acumula agora alta de 32,84% em 12 meses. O dado deste mês ficou levemente acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 1,10%.
Em agosto, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, subiu 1,29%. No mês anterior, houve queda de 0,07%.
“Os efeitos da seca e das geadas estão mais evidentes no resultado do índice ao produtor”, disse em nota André Braz, coordenador dos índices de preços.
Entre os componentes do IPA, o destaque nessa leitura partiu do grupo Matérias-Primas Brutas, que passou a subir 0,55% em agosto, deixando para trás a queda de 1,78% vista no mês anterior. Os itens de destaque, disse Braz, foram as culturas mais afetadas pelo clima, como milho e café.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, acelerou a alta a 0,88% no período, de 0,70% em julho. A inflação da Alimentação ganhou ritmo em agosto, com o grupo subindo 1,13%, após registrar alta de 0,45% no mês passado.
Em agosto houve alta de 0,79% do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), após avanço de 1,37% no período anterior.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. (Reuters)
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