Economia

Uso do Pix para pagamentos cresce 75% e soma 42 bilhões de transações no Brasil

Levantamento mostra que o uso do Pix como forma de pagamento para valores menores aumenta o número de transações em ritmo acelerado
Uso do Pix para pagamentos cresce 75% e soma 42 bilhões de transações no Brasil
Crédito: Adobe Stock

A forma de pagamento preferida dos brasileiro tem sido o Pix. A facilidade e rapidez para realizar os pagamentos conquistou os consumidores e, em 2023, foram realizadas cerca de 42 bilhões de transações. Além disso, a movimentação por meio dessa ferramenta foi de R$ 17,2 trilhões, conforme mostra pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Consolidando-se como o meio de pagamento mais popular, o Pix também teve um crescimento de 75% ante o ano anterior, confirmando a aceitação popular da ferramenta, que trouxe conveniência e facilidades para os clientes em suas transações financeiras do dia a dia. 

“Desde o seu lançamento, o Pix tem se mostrado uma importante oportunidade para o Brasil reduzir a necessidade do uso de dinheiro em espécie em transações comerciais e também se tornou uma importante ferramenta para impulsionar a bancarização no país, trazendo novos clientes para o sistema financeiro. Suas operações continuam em ascensão e batem consecutivos recordes”, avalia o diretor-adjunto de Serviços da Febraban, Walter Faria. 

O valor movimentado pelo Pix perdeu apenas para os valores transacionais da TED, que somou R$ 40,6 trilhões, enquanto a ferramenta de pagamentos instantâneos registrou R$ 23,4 trilhões a menos. É o que revela o levantamento da Febraban sobre meios de pagamento, com base em dados divulgados pelo Banco Central e pela Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs).

Já a quantidade de transações do Pix (42 bilhões) supera a a soma das outras transações que, juntas, totalizaram quase 39,4 bilhões. Veja na tabela:

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Resultado de 2023 do Pix supera as operações somadas de cartão de crédito, débito, boleto, TED, DOC, cheques e TEC | Crédito: Divulgação/ Febraban

Sistema financeiro

De acordo com o Banco Central (BC), o Pix foi responsável por incluir 71,5 milhões de usuários no sistema financeiro.

Depois do Pix, os meios de pagamentos preferidos dos brasileiros foram:

  • cartão de crédito (17,8 bilhões de transações),
  • cartão de débito (16,3 bilhões),
  • boleto (4,2 bilhões) e
  • TED (892 milhões). 

Já em valores transacionados, após TED e Pix, aparecem os boletos (R$ 5,7 trilhões), cartão de crédito (R$ 2,4 trilhões) e cartão de débito (R$ 1 trilhão).

O levantamento ainda mostra que a população está usando o Pix como meio de pagamento de menor valor, fazendo com que o número de transações aumente em um ritmo acelerado

No início do mês (6), por exemplo, a ferramenta bateu o recorde de transações no dia, com 178,686 milhões de transferências via Pix para usuários finais. Segundo o BC, a alta demanda não comprometeu o funcionamento

O tíquete médio no ano passado ficou em R$ 420,00. Já para transações maiores, a predileção é pela TED, que demora até uma hora para ser compensada. O tíquete médio desta transação foi de R$ 46 mil em 2023.

Crescimento exponencial

Com lançamento em 16 de novembro de 2020, o Pix ultrapassou as transações feitas com Documento de Crédito (DOC) que foi descontinuado pelo sistema financeiro no último dia 29 de fevereiro, já em seu primeiro mês de funcionamento. 

Em janeiro de 2021, o Pix também superou as transações com Transferência Eletrônica Disponível (TED). Em março deste mesmo ano, ele passou na frente em número de transações feitas com boletos. Já no mês seguinte (maio), ultrapassou a soma de todos eles.

Em relação aos cartões, o Pix ultrapassou as operações de débito em janeiro de 2022 e, no mês de fevereiro, foi a vez de passar na frente das transações com cartões de crédito.

Na comparação com os dados de 2022, os valores transacionados do Pix cresceram 58%, passando de R$ 10,9 trilhões para R$ 17,2 trilhões.

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