Economia

Pix por aproximação deve impulsionar vendas no comércio

Funcionalidade deve levar maior agilidade às compras no comércio, reduzindo filas e evitando cancelamentos por problemas de conexão com a internet
Pix por aproximação deve impulsionar vendas no comércio
Nova funcionalidade não eliminará as tradicionais já existentes, como chave Pix e operações via QR Code | Crédito: Luciano Luppa / Adobe Stock

A partir desta sexta-feira (28), a plataforma Pix receberá um incremento em funcionalidade que promete levar maior agilidade para as transações: o pagamento por aproximação. A novidade, que torna a atividade de compra e venda mais ágil para o comércio, foi recebida com otimismo pelo setor em Belo Horizonte.

Inicialmente, segundo o Banco Central, as transações terão um valor máximo padronizado de R$ 500. A funcionalidade não eliminará as tradicionais já existentes, como a chave Pix e as operações via QR Code.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva, ressalta que a novidade é positiva e deve levar maior agilidade aos pagamentos. Até o momento, o uso da ferramenta demanda alguns passos como acesso ao aplicativo, digitação de credenciais e uso de dados móveis que, quando falham, impossibilitam a conclusão de compras.

A partir da ausência de necessidade da internet, o dirigente acredita que a tendência é que o atendimento nos caixas seja mais rápido, beneficiando também os consumidores, que devem ser melhor atendidos. “Essa mudança, de forma geral, tende a trazer bons resultados para as vendas, tanto nas lojas físicas quanto virtuais, afinal é um sistema bastante seguro”, pontua Souza e Silva.

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Muito mais do que diversificar as possibilidades de pagamentos, a economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), Fernanda Gonçalves, explica que o Pix por aproximação permitirá que mais consumidores realizem compras de produtos nos estabelecimentos locais. “Em supermercados, por exemplo, muitos carrinhos são deixados de lado porque a fila está muito longa. O Pix por aproximação surge para beneficiar tanto o consumidor, quanto o empreendedor”, afirma.

Com uma plataforma de pagamentos cada vez mais ágil, a ampliação também resultará em maior economia para o comércio que, muitas vezes, pode chegar a 5% por produto. Isso ocorre porque o custo por transação é menor no Pix se comparado ao crédito e débito, podendo variar de 3% a 5% na maioria das maquininhas.

“A não ser que haja vantagens específicas para utilizar o débito, hoje consideramos que o Pix é mais vantajoso. Além de prática, a ferramenta tende a ser mais segura, minimizando riscos de fraudes”, conclui a economista.

Como ativar o Pix por aproximação?

A ativação do Pix por aproximação necessita de uma carteira digital, que deve estar vinculada a uma conta bancária, onde será necessária verificação para o uso da tecnologia. O processo é semelhante à instalação de cartões nas carteiras dos smartphones.

Após a vinculação da conta, no momento do pagamento, basta selecionar a opção do Pix, e aproximar o celular da maquininha. Logo após, haverá a confirmação via impressão digital, senha ou reconhecimento facial, bem como a possibilidade de uma breve revisão das informações antes da concretização da compra.

O Banco Central reforça que a funcionalidade é de disponibilidade facultativa, tanto para carteiras digitais como para bancos e para provedores de maquininhas. Inicialmente, a funcionalidade estará disponível apenas para smartphones do sistema Android que contam com o Google Pay.

A função também pode se encontrada e utilizada por usuários de outros sistemas dentro dos aplicativos bancários. Bradesco e Banco do Brasil devem ser os primeiros a oferecer a tecnologia.

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