Economia

Plano de Mobilidade da RMBH é lançado com carteira de ações para melhorias

Projeto envolve 34 municípios e dispõe de quatro principais eixos de atuação
Plano de Mobilidade da RMBH é lançado com carteira de ações para melhorias
Foto: Diário do Comércio Alisson J. Silva

Após vários estudos e diagnósticos para entender os reais problemas da Região Metropolitana de Belo Horizonte, o governo de Minas Gerais lançou o Plano de Mobilidade da RMBH nesta semana. Em elaboração desde 2018, o documento traz uma carteira de projetos que buscam melhorar a mobilidade e acessibilidade das pessoas e cargas que circulam pelos 34 municípios. 

O plano dispõe de 13 programas, que se estendem em cerca de 150 ações desmembradas em quatro eixos principais: Mobilidade Ativa, Transporte Coletivo, Logística Urbana e Sistema Viário e Individual Motorizado. Ele foi desenvolvido em conjunto pela Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) e a Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH), com participação da sociedade civil e prefeituras.

O diretor-geral da ARMBH, Marcus Vinícius Lopes, destaca que alguns projetos já estão em andamento. Cita, por exemplo, a licitação do Rodoanel Metropolitano, estrada que será construída a partir de 2024, passando por 11 cidades da RMBH e interligando os municípios. Também é citada por ele outra iniciativa já viabilizada: a concessão do metrô de Belo Horizonte, que inclui a extensão da única linha existente e a construção de uma nova linha até o Barreiro

Essas ações em curso prometem facilitar a vida daqueles que enfrentam congestionamentos diários na Grande BH. No resumo executivo do plano, consta que os pontos mais críticos surgem de forma dispersa no espaço entre o Anel Rodoviário e a Serra do Curral, que corresponde a área central e pericentral da Capital, com destaque nos acessos Norte e Oeste da região da Contorno e espalham-se para além deste limite ao longo dos principais corredores de tráfego. 

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Em termos metropolitanos, o documento destaca os seguintes trechos como mais críticos em termos de congestionamentos maiores e mais rotineiros na RMBH: Anel Rodoviário, entre a avenida Amazonas e a Cristiano Machado; BR-381, principalmente na Cidade Industrial e no acesso à Amazonas; e a Antônio Carlos, entre a Barragem da Pampulha e o Anel Rodoviário.

Integração dos sistemas metropolitano e municipais de transporte coletivo 

De acordo com Lopes, um dos grandes projetos que o plano de mobilidade propõe é a integração dos sistemas metropolitano e municipais de transporte coletivo, iniciativa que ainda demandará muito diálogo. “Esse é um projeto que será desmembrado em diversas atividades e vários acordos terão que ser celebrados com Belo Horizonte, Contagem, Betim e os outros 31 municípios da região metropolitana. Será uma conversa individual, mas com o mesmo objetivo”, explicou. 

Incentivo ao turismo por modos ativos e implementação de rede de infraestrutura cicloviária

O incentivo ao turismo por modos ativos e a criação de uma rede cicloviária também foram propostos no plano. “Estudamos uma ampla rede de ciclofaixas na RMBH com várias características. Tem aquelas para o deslocamento necessário, que a pessoa vai de um ponto a outro, tem aquelas turísticas, já que a bicicleta, além de um meio de lazer, é um meio de transporte. E a partir da análise de disponibilidade geográfica, propomos uma rede de ciclofaixas”, disse Lopes.

Próximos passos para a execução do plano de mobilidade da RMBH

Conforme o diretor-geral da ARMBH, após o lançamento do Plano de Mobilidade da RMBH, o próximo passo será buscar as mais diversas fontes de financiamento para a execução das ações. Os recursos para cada um dos projetos poderão ser provenientes do governo federal, por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por exemplo, do governo estadual, dos municípios e até mesmo da iniciativa privada, segundo ele, demandando intensa articulação.

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