Economia

Plataforma criada por mineiros pretende transformar estoque ocioso em lucro

A compreienaousei.com, criada por empresários mineiros, tem otimizado os processos e dado destino a produtos que, até então, não teriam demanda futura
Plataforma criada por mineiros pretende transformar estoque ocioso em lucro
Christiano Lino (esq.) e Alexandre Amaral (dir.): transformam estoque em ativo | Crédito: compreienaousei.com / Carol Cota

O setor de transporte e logística já conta com uma solução para uma das maiores dores do segmento: o estoque obsoleto. A plataforma compreienaousei.com, criada por empresários mineiros, tem otimizado os processos e dado destino a produtos que, até então, não teriam demanda futura.

Com investimento inicial estimado em R$ 2 milhões, a empresa conta com a expertise e os resquícios do antigo empreendimento dos empresários Christiano Lino e Alexandre Amaral. Sócios em uma empresa de telemetria (SS Telemática), que foi vendida para um grupo canadense, eles continuaram unidos nos negócios e criaram a plataforma em uma nova experiência comercial.

Inspirada em pesquisas com os antigos clientes que permitiram entender o principal entrave do segmento, em pouco mais de seis meses, a nova empresa dos empresários já conta com a parceria de 50 clientes do setor de transporte e logística.

O site conecta empresas para a venda de peças para ônibus e caminhões que foram compradas e que, por algum motivo, não foram utilizadas. “A gente transforma o estoque em ativo, o desperdício em lucro. Há empresas, dependendo do tamanho da frota, que possuem até 10 milhões de peças paradas devido à renovação dos veículos e não sabem o que fazer com elas”, comenta Alexandre Amaral.

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Além da conexão entre vendedores e compradores, a empresa dos empresários mineiros presta assessoria para o time de almoxarifado, organizando o inventário e apresentando melhorias para os processos de compra e venda de peças, evitando novos estoques sem destinação. “O primeiro passo que oferecemos é a plataforma de e-commerce para transacionar as peças paradas em estoque. O segundo é o estoque inteligente. A gente usa a inteligência do sistema para propiciar um estoque eficiente, de forma que não tenha sobras”. 

O investimento inicial por parte do cliente varia conforme o estoque a ser administrado e gira em torno de R$ 2 mil a R$ 10 mil. O montante é destinado para os trabalhos de catalogação das peças e da criação do espaço virtual, é a fase que eles chamam de “setup”. A plataforma também cobra percentuais sobre as negociações.

Para 2025, a meta dos empresários é alcançar 50 milhões de peças no acervo da plataforma, que hoje gira em torno de 10 milhões. “Atingindo esse número, temos a expectativa de faturar R$ 1 milhão ao mês”, diz Amaral.

Reutilização de peças contribui com a sustentabilidade do setor

Alinhado com as demandas ambientais, Amaral pontua que ao reutilizar peças em estoque, o processo também contribui com o meio ambiente ao evitar a produção desnecessária de novas. Prática que reduz o consumo de recursos naturais e a emissão de poluentes.

“A movimentação entre quem comprou e não usou e quem tem a demanda do produto é fundamental para manter os produtos em circulação, minimizando os impactos ambientais”, defende.

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