Economia

Renda do trabalhador mineiro aumenta no 3º tri

Ganho médio real habitual no Estado chegou a R$ 2.775 no terceiro trimestre
Renda do trabalhador mineiro aumenta no 3º tri
O grupo de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas respondeu por 18% de ocupados no Estado | Crédito: Alisson J. Silva

A renda do trabalhador mineiro vem crescendo neste ano. O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos foi de R$ 2.775 em Minas Gerais no terceiro trimestre de 2023. O valor é 4,1% maior em relação ao trimestre anterior, quando o rendimento era de R$ 2.666. Se comparado com o terceiro trimestre de 2022, houve aumento ainda maior, de 9,2%. Na ocasião, o rendimento médio habitual era de R$ 2.542.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda segundo a pesquisa, em Belo Horizonte, o rendimento médio mensal habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas foi de R$ 4.378 no período.

No Brasil, o valor estimado foi de R$ 2.982, alta de 1,7% em relação ao trimestre anterior (R$ 2.933). Assim, em âmbito nacional, também houve crescimento do rendimento médio habitual em relação ao terceiro trimestre de 2022, com elevação de 4,2%, uma vez que ele era de R$ 2.862, naquele trimestre.

Pnad Contínua – IBGE

Apesar da melhora da renda do trabalhador em Minas Gerais neste ano, o valor permanece abaixo da média nacional, confirmando tendência que se mantém durante toda a série histórica da pesquisa.

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Para o coordenador da Pnad Contínua em Minas Gerais, Humberto Sette, a melhora nos rendimentos é fruto da redução do desemprego, que cria mais oportunidades e favorece o poder de barganha do trabalhador, inclusive nas convenções coletivas. “Ele pode trocar mais facilmente de trabalho, o que favorece a rotatividade”, observa.   

Renda nacional

Análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que, de fato, o cenário melhorou para o trabalhador, já que 71,9% de 256 negociações da data-base de setembro, no Brasil, concluídas até 13 de outubro, resultaram em ganhos acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE. Outras 13,7% conquistaram ganhos iguais ao INPC e 14,5% tiveram resultados abaixo desse índice.

O boletim do Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), por sua vez, confirma que os reajustes continuam ganhando do INPC em setembro deste ano no País. Para os trabalhadores, 2023 continua sendo bem melhor do que 2022. Neste ano, 79,3% dos reajustes ficaram acima da inflação, enquanto no exercício passado foram apenas 25,5%.

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