População 60+ : renda em BH superou R$ 15 bi em 2023

O volume da população 60+ em Minas Gerais vem registrando rápida elevação, com um aumento de 355 pessoas por dia entrando ou ultrapassando essa faixa etária. A renda total do grupo 60+ em Belo Horizonte (BH), em 2023, foi de R$ 15,3 bilhões, proveniente de aposentadorias, pensões, investimentos, aluguéis e trabalho remunerado.

Para se ter uma ideia do que esse montante do grupo 60+ representa, o orçamento da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) apenas no ano passado foi de R$ 16,8 bilhões, evidenciando o potencial econômico dessa comunidade.  Os dados são da SeniorLab Mercado e Consumo 60+, consultoria que completa 10 anos de atuação no segmento e está abrindo uma filial em BH.

Na Capital mineira, 17% da população já está nesta faixa dos 60+, o que equivale a 462 mil pessoas, de acordo com o Censo IBGE 2022, que ainda está sob revisão. Esse dado aponta que, em BH, existem mais pessoas com 60 anos ou mais do que crianças e adolescentes entre zero e 17 anos.

Esse fenômeno está transformando a economia local, que antes era majoritariamente voltada para crianças e jovens, explica Martin Henkel, fundador da SeniorLab e também professor de marketing 60+ na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele também destaca que essa mudança traz muitas oportunidades para marcas, produtos e serviços. 

“As empresas têm que atentar para incluir os 60+ na estratégia de comunicação e venda dos produtos e serviços, sem segregá-los. A geração atual de 60+ foi responsável por importantes transformações culturais e comportamentais e não deve ser infantilizada ou fragilizada”, destacou. 

Consumo em Minas Gerais em 2024

Segundo estimativas, a previsão é que o consumo em Minas Gerais atinja R$ 753,6 bilhões em 2024. É um aumento de 10,5% em relação a 2023, segundo o Índice de Potencial de Consumo (IPC Maps 2024). Este montante representa 10,3% do consumo total do Brasil. O avanço no consumo é impulsionado pelo crescimento residencial no Estado, notadamente entre as classes mais abastadas.

Veja como foi esse crescimento em MG de acordo com as classes:

• A classe A viu um incremento de 5.112 lares;
• E a classe B, um acréscimo de 53.486;
• Embora as classes C, D e E tenham um aumento numérico maior em residências, o efeito no consumo é relativamente menor.