População acima dos 40 anos é a mais endividada de BH; dívidas giram em torno dos R$ 5 mil

Os belo-horizontinos devem, em média, R$ 5.006,67 cada um. O valor das dívidas dos moradores de Belo Horizonte teve uma alta de 2,96% em março deste ano, na comparação com o mesmo mês no ano passado. Além disso, a faixa etária mais endividada na capital mineira são os adultos com idade entre 40 a 64 anos (45,67%), seguidos pelos cidadãos de 25 a 39 anos (32,37%), os acima de 65 anos (17,3%) e, por fim, os mais jovens, que estão na faixa etária de 18 a 24 anos (4,48%).

O levantamento é da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Puxado pela população adulta, o nível de endividamento na capital mineira tem causas bem estabelecidas. O levantamento mostra que os principais débitos são referentes a:

• bancos (65,52%),
• água e luz (16,16%),
• serviços de comunicação (6,62%) e
• comércio (3,55%). 

No cenário geral, o número de dívidas, em março deste ano, também cresceu. A alta foi de 6,92% em relação a março de 2023. Já na comparação com fevereiro, houve um recuo de 0,4% na quantidade de dívidas. 

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“Ainda que o valor médio devido pelos belo-horizontinos seja significativo, identificamos uma estabilização, tanto desse valor quanto do número de dívidas. A dinâmica mais favorável da economia ajudou a estabilizar os índices e melhorar a renda disponível na economia” explica o presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva. 

Ele complementa dizendo que esses fatores foram importantes para explicar a moderação da inadimplência no período e a manutenção do valor médio de endividamento da população de BH. 

O valor médio, que variou de acordo com o grupo etário, apresentou valores que chegaram na faixa média de R$ 5 mil por pessoa. Confira a média dos valores devidos por idade:

• 18 a 24 anos – R$ 3.362,71
• 40 a 49 anos – R$ 5.542,41
• 65 a 84 anos – R$ 4.045,55

Mulheres têm mais dificuldades para quitar dívidas, mas homens devem mais 

O recorte por gênero do endividamento em Belo Horizonte revela que as mulheres têm o maior número de registros negativos (47,41%). Ainda assim, o valor devido pelos homens é maior, com um saldo negativo de R$ 5.298,84 para eles e R$ 4.919,60, para elas. 

“O corte por gênero revela que os rendimentos habituais recebidos pelas mulheres possuem desempenho inferior ao dos homens em Belo Horizonte. Elas também são as responsáveis pelas compras de manutenção da casa e, por vezes, assumem muitas despesas sozinhas”, pondera Marcelo de Souza e Silva. 

Já em relação à faixa etária, o grupo entre 30 e 39 anos é o que acumula maior valor médio devido, cerca de R$ 6.070,63. Isso pode ser explicado pela atividade social e financeira deste público.

“Esse grupo possui contratos estudantis com pagamento atrasado ou em negociação, o que faz com que o valor devido por ele seja maior. Além disso, são pessoas com a vida social, profissional e pessoal bastante ativas, o que os torna mais propensos a gastos”, conclui Souza e Silva.