Porto Seco Sul de Minas movimentou US$ 1,5 bilhão em 2023

O Porto Seco Sul de Minas, centro logístico e industrial aduaneiro em Varginha, movimentou cerca de US$ 1,576 bilhão em mercadorias entre importações e exportações no ano de 2023. Localizado em um ponto estratégico próximo aos principais polos produtores e consumidores do Brasil, o empreendimento espera um crescimento de 20% no desembaraço aduaneiro neste ano e investirá R$ 50 milhões com recursos próprios na construção de um novo galpão para a indústria do café.
O novo espaço ocupará uma área de 18.500 metros quadrados (m²). A previsão é que seja concluído em meados de 2025, com estrutura para maquinário e armazenagem da indústria cafeeira. A obra vem em boa hora, já que o centro aduaneiro está quase lotado. Restam apenas 5 mil m² de espaço disponível no condomínio.
O diretor do Porto Seco Sul de Minas, Breno Paiva, afirma que a estimativa é que a movimentação do empreendimento alcance valores em torno de US$ 1,8 bilhão em 2024. No ano passado, o condomínio como um todo gerou 2 mil empregos diretos e outros 2 mil indiretos. “A nossa expectativa é sempre crescer, mas a gente é dependente da economia do País. A gente é sempre otimista, mas com cautela, sempre. Tem que tomar um pouco de cuidado com essa parte fiscal (do governo), que preocupa”, afirma Paiva.
Breno Paiva revela que há negociações em curso com empresas de diversos ramos da economia para ocupar novos espaços no empreendimento. “A gente tem algumas empresas da área de café que estão procurando, temos uma indústria da parte de transformadores, tem indústrias farmacêuticas também, sempre. Isso que está girando atualmente”, disse.
Hub fármaco no Sul de Minas
Tanto como origem das importações quanto destino das exportações, Estados Unidos, China e Europa são as principais regiões do planeta com negociações com o Porto Seco Sul de Minas. Em 2023, foram US$ 290 milhões em exportações e US$ 1,286 bilhão em importações. A alta demanda por produtos importados é resultado da atividade da indústria farmacêutica.
A grande concentração de empresas do ramo transformou o centro logístico em um dos maiores hubs fármacos do Brasil.
Neste ano, a Libbs Farmacêutica começou a operar no porto-seco, após investir R$ 35 milhões. As distribuidoras de medicamentos SantaCruz e Panpharma, do Grupo SC, já começaram a operar também neste mês, mas ainda finalizam os aportes de R$ 35 milhões.
Em abril, será a vez da farmacêutica Apsen entrar em operação no centro aduaneiro no Sul de Minas, após investir R$ 25 milhões. Já para meados de agosto e setembro está previsto o início da atividade Daiichi Sankyo, também da indústria farmacêutica, após aportes de R$15 milhões.
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