Sondagens indicam aumento do potencial do projeto de terras-raras e nióbio da St George em Araxá

As últimas sondagens da St George Mining reforçaram a qualidade da mineralização de elementos de terras-raras (ETRs) e nióbio e confirmaram a existência de mineralizações adicionais no Projeto Araxá, localizado no Alto Paranaíba. Os ensaios mais recentes indicaram a possibilidade de aumento substancial do potencial de produção da mina.
Conforme a empresa australiana, foram identificados teores de até 13,98% para terras-raras e de até 7% para nióbio em intervalos longos e próximos da superfície, reforçando a qualidade da mineralização desde os níveis mais rasos. Além disso, foi confirmado uma nova área com terras-raras de alto teor há cerca de um quilômetro (Km) a leste do recurso atual, com indícios de volume significativo de mineralização rasa.
Anteriormente, a vida útil do Araxá era estimada em aproximadamente 20 anos, com recursos de 40,6 milhões de toneladas de minério com 4,13% de terras-raras e 41,2 milhões de toneladas de minério com 0,68% de nióbio. A mineradora disse que o período de exploração será reavaliado com a possível ampliação dos recursos do projeto.
Para atualizar os recursos, de acordo com o diretor da St George no Brasil, Thiago Amaral, a empresa precisa de mais sondagens na região. Segundo ele, inicialmente, foram feitas perfurações de 15 metros (m) de profundidade; agora, estão sendo realizados furos de até 50 m; e, posteriormente, acontecerão perfurações mais profundas, entre 100 e 150 m.
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“Já começamos as perfurações que vão até 50 metros e devemos terminá-las dentro do mês de setembro para programarmos as perfurações mais profundas para que a gente tenha os dados e o nível de certeza que precisamos para o novo relatório”, informou.
Empresa já tem indicadores semelhantes e até maiores que os pares
Ao verificar ocorrências de terras-raras em área distante do recurso atual, a St George eleva o potencial de ter uma operação mais ampla dentro do direito minerário. De acordo com Amaral, os recursos atuais estão localizados em uma porção pequena se comparada ao tamanho do terreno que a empresa pode explorar no Araxá. Ele destacou que as novas descobertas reiteram que a companhia tem um projeto de classe mundial.
No material que divulgou ao mercado, informando sobre os resultados das últimas sondagens, a St George fez a comparação do Araxá com os três projetos semelhantes de ETRs existentes fora da China – país que domina o segmento. Em reserva, o projeto no Alto Paranaíba perde para dois deles, mas se iguala a um; em teores de terras-raras, é derrotado para um, tem patamar idêntico a outro e é superior a de um terceiro.
As comparações envolvem os projetos Monte Weld, da Lynas Rare Earths, na Austrália (em operação); Montain Pass, da MP Materials, nos Estados Unidos (em operação); e o Nolans, da Arafura Resources, na Austrália (em fase de estudos de desenvolvimento e captação de financiamento). Vale dizer que os números do Araxá são as estimativas atuais, ou seja, ainda podem ser ampliados conforme mostrou as perfurações. Confira os dados por projeto:
Araxá: 40,6 milhões de toneladas de óxidos totais de terras-raras (TREO), com teor de 4,13%;
Monte Weld: 106,6 milhões de toneladas, com 4,1%;
Montain Pass: 40,6 milhões de toneladas, com 5,9%;
Nolans: 56 milhões de toneladas, com 2,6%
Mercado tem visto o projeto com bons olhos, segundo o diretor
Na última semana, o preço da ação da St George na Bolsa de Valores da Austrália (ASX), segundo o diretor da empresa no Brasil. Conforme Amaral, desde que adquiriu o Araxá, em fevereiro, o valor da companhia quase triplicou. Segundo ele, essa valorização reflete como o mercado tem visto os resultados das sondagens e o potencial do projeto.
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