Economia

Preço do aluguel em Belo Horizonte tem a menor alta semestral em três anos

Valorização está 9,64% inferior ao ano passado e 5% abaixo quando comparado ao mesmo período de 2022
Preço do aluguel em Belo Horizonte tem a menor alta semestral em três anos
Foto: Diário do Comércio/Leonardo Morais

Apesar de apresentar avanços positivos nos últimos meses, o preço do aluguel em Belo Horizonte registrou a menor alta semestral desde 2021. Entre janeiro e junho deste ano, o preço por metro quadrado de imóveis na Capital avançou 7,92%, com o valor médio de R$ 36,41 em junho.

Os dados são do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb e indicam que a alta no último semestre é 9,64% inferior ao ano passado e 5% abaixo quando comparado ao mesmo período de 2022.

Já na comparação com 2021, por enfrentar os impactos causados pela pandemia de Covid-19, os resultados foram superiores. Naquele ano, o aumento foi de 2,88% – índice 5% inferior ao deste ano.

Segundo o especialista e CEO da AluOK, plataforma de gestão de contratos de locação de imóveis, Eduardo Luiz, a locação se tornou a principal opção de moradia devido aos altos preços dos imóveis e das taxas de juros. “A falta de estoques tem levado a aumentos nos preços de aluguel, que chegaram a ser até três vezes maiores do que os preços de venda. A desaceleração recente pode indicar uma estabilização, mas não necessariamente uma queda nos preços”, salienta.

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“Nas capitais, assim como ocorre com Belo Horizonte, cerca de um a cada três imóveis já estão disponíveis para locação. A geração millenium, entretanto, prefere o acesso à propriedade, em vez da posse. Para reduzir os preços de aluguel, é necessário conscientizar os proprietários a disponibilizarem seus imóveis para locação. Existem soluções e empresas no mercado prontas para incentivar essa mudança”, explica Eduardo Luiz.

Embora as altas sejam menos expressivas, 29 dos 36 bairros analisados no levantamento apresentaram valorização nos últimos seis meses. O bairro Prado, com alta de 30,7% no período, lidera a lista.

Em seguida, os bairros Grajaú e Santo Agostinho fecham o top 3, com alta de 29% e 26,2%, respectivamente. A maior redução em Belo Horizonte foi observada no Manacás, com retração de 23,6% no preço do aluguel nos primeiros seis meses do ano.

Confira os bairros mais valorizados em Belo Horizonte no 1º semestre

1. Prado: 30,7%

2. Grajaú: 29,0%

3. Santo Agostinho: 26,2%

4. Ipiranga: 24,6%

5. Gutierrez: 19,5%

6. Cruzeiro: 16,6%

7. Juliana: 16,5%

8. Santo Antônio: 15,6%

9. Santa Mônica: 13,7%

10. São João Batista: 12,7%

Preço médio do aluguel pode chegar a R$ 2,8 mil

O índice da QuintoAndar também destaca o preço médio do aluguel seguindo a tipologia de cada imóvel. Na plataforma, imóveis de um quarto podem ser encontrados em média a partir de R$ 1,3 mil, podendo chegar a R$ 1,6 mil se o espaço contar com mobília ou garagem.

As residências com dois quartos custam em média a partir de R$ 1,5 mil, podendo chegar a R$ 2 mil com opções que oferecem mobília ou garagem. Já imóveis com três quartos podem variar de R$ 2,2 mil a R$ 2,8 mil a depender dos mesmos acréscimos.

Os valores do aluguel em Belo Horizonte podem variar de região para região. As estimativas, segundo a QuintoAndar, são realizadas para entender o impacto de itens como garagem e mobília no valor final do aluguel.

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