Preço do aluguel de imóveis comerciais em BH sobe 0,47% em maio; veja os bairros mais caros

O preço médio do aluguel de imóveis comerciais em Belo Horizonte subiu 0,47% entre abril e maio deste ano. Esse avanço no Índice FipeZap de Venda e Locação Comercial fez com que o valor médio praticado na capital mineira encerrasse o último mês em R$ 33,03 por metro quadrado (m²). A cidade também apresentou alta de 2,14% no acumulado do ano e variação positiva de 8,04% nos últimos 12 meses.
O avanço observado na comparação mensal e no acumulado dos cinco primeiros meses de 2025 segue abaixo do registrado na média do estudo, que fechou com alta de 0,62% em maio na comparação com o ano anterior, e com um crescimento de 3,76% no ano.
No entanto, a Capital superou a média nacional (7,3%) na variação acumulada nos últimos 12 meses. Ainda assim, o valor praticado no mercado belo-horizontino segue abaixo da média do indicador, que fechou em R$ 47,30/m².
Além disso, considerando apenas a comparação mensal, Belo Horizonte também apresentou variações acima dos dois principais indicadores de inflação no Brasil. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu 0,26% no período, enquanto o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV), teve queda de 0,49% em relação ao mês de abril.
No acumulado do ano, o resultado registrado na capital mineira ficou abaixo do IPCA (2,75%) e acima do IGP-M (0,74%). Já nos últimos 12 meses, Belo Horizonte registrou uma variação positiva que supera tanto o IPCA quanto o IGP-M, que tiveram alta de 5,32% e 7,02%, respectivamente.
- Leia também: Aluguel de imóveis residenciais em Belo Horizonte sobe 1,07% em maio, acima da inflação
Rentabilidade do aluguel comercial em Belo Horizonte

A taxa de rentabilidade do aluguel ao longo do tempo (rental yield), calculada pela razão entre o valor de locação e o preço de venda dos imóveis, fechou o mês de maio com uma variação positiva de 0,52% ao mês (a.m.) e de 6,28% ao ano (a.a.).
Dessa forma, Belo Horizonte segue com a segunda menor taxa de rentabilidade entre as dez cidades analisadas pelo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), realizado com base em anúncios veiculados nos portais Zap Imóveis e Viva Real, do Grupo OLX. A capital mineira só está acima de Curitiba (5,79% a.a.). Já a média nacional foi de 6,87% a.a..
A economista do DataZap Paula Reis pontua que, apesar de estar entre as mais baixas, a taxa de retorno do aluguel comercial da Capital está próxima à média das cidades monitoradas. Ela destaca que o preço de venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² na cidade é relativamente baixo, o que contribui para elevar o retorno.
“Por outro lado, o aluguel, mesmo tendo valorizado acima da inflação no passado recente, é o menor entre os municípios monitorados”, completa.
Aluguel de imóveis comerciais por bairros
Entre os bairros de Belo Horizonte, a Savassi, na região Centro-Sul, é o grande destaque da pesquisa, com valor médio de R$ 47,96/m², sendo o único bairro a superar a barreira dos R$ 40,00/m² na capital mineira. Além disso, a Savassi também acumula alta de 15,9% nos últimos 12 meses.
Os outros bairros que também se destacaram no estudo são Santo Agostinho (R$ 39,76/m²) e Funcionários (R$ 39,54/m²), ambos também na região Centro-Sul. Inclusive, a região reúne oito dos dez bairros com o aluguel comercial mais caro da Capital.
Bairros com aluguel de imóveis comerciais mais caros em Belo Horizonte:
- Savassi – R$ 47,96/m²;
- Santo Agostinho – R$ 39,76/m²;
- Funcionários – R$ 39,54/m²;
- Lourdes – R$ 33,54/m²;
- Prado – R$ 33,32/m²;
- Santo Antônio – R$ 30,17/m²;
- Serra – R$ 29,58/m²;
- Santa Efigênia – R$ 28,76/m²;
- Barro Preto – R$ 25,93/m²;
- Centro – R$ 20,00/m².
Valor médio de venda do imóvel comercial sobe em Belo Horizonte

O Índice FipeZap de Venda e Locação Comercial de maio também aponta para o aumento de 0,11% no valor médio de venda dos imóveis comerciais na capital mineira, que fechou em R$ 6.297/m². O indicador também apresentou crescimento de 1,67% no acumulado de 2025 e uma variação negativa de 0,02% no acumulado dos últimos 12 meses.
O resultado de Belo Horizonte na comparação mensal ficou abaixo da média do estudo (0,18%) e do IPCA (0,26%), mas superou o desempenho apresentado pelo IGP-M (-0,49%).
No acumulado do ano, a capital mineira superou tanto o Índice FipeZap (1,37%) quanto o IGP-M (0,74%), ficando abaixo apenas da variação registrada no IPCA, que subiu 2,75% nos primeiros cinco meses deste ano. Já no acumulado dos últimos 12 meses, Belo Horizonte seguiu na direção contrária aos principais indicadores, que registraram alta no período:
- Índice FipeZap (1,42%),
- IPCA (5,32%)
- e IGP-M (7,02%).
Paula Reis destaca que a taxa acumulada em um ano teve uma leve aceleração, passando de uma variação negativa de 0,65% para o patamar atual (-0,02%). “Olhando para um período mais amplo, a partir de fevereiro de 2023, vemos uma tendência de valorização dos índices. O comportamento descrito reflete o bom desempenho do comércio, do mercado de trabalho e a valorização real do aluguel comercial”, avalia.
A economista do DataZap lembra que a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o comércio varejista mineiro cresceu 2,1% de janeiro a abril de 2025 em relação ao mesmo período do ano passado, mesma taxa observada para o País.
Ela também destaca que, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), a taxa de desemprego do primeiro trimestre chegou a 6,1%, 1,1 ponto percentual (p.p.) abaixo da registrada no ano passado.
A especialista acrescenta que é esperado um arrefecimento na economia devido à política monetária, o que poderá impactar essa tendência de aumento no preço de venda dos imóveis comerciais. “À medida que os indicadores de mercado de trabalho e de comércio varejista responderem aos juros maiores, poderemos voltar a ver retrações maiores no índice de venda”, explica.
Preço de venda nos bairros de Belo Horizonte

O preço médio de venda dos imóveis comerciais na Capital foi o segundo mais baixo do levantamento, ficando acima apenas de Salvador (R$ 5.226/m²). Dessa forma, o valor praticado no mercado belo-horizontino segue abaixo da média das dez cidades analisadas na pesquisa, que fechou o mês de maio em R$ 8.533/m².
Dentre os bairros, zonas e distritos da capital mineira, o Prado (R$ 8.835/m²), na região Oeste, e o Santo Agostinho (R$ 8.222/m²) são os principais destaques no último mês. Além disso, sete bairros registraram preços acima da média da cidade para este tipo de imóvel.
Veja os bairros com os imóveis comerciais mais caros de Belo Horizonte:
- Prado – R$ 8.835/m²;
- Santo Agostinho – R$ 8.222/m²;
- Savassi – R$ 7.780/m²;
- Serra – R$ 7.548/m²;
- Funcionários – R$ 7.446/m²;
- Lourdes – R$ 7.098/m²;
- Barro Preto – R$ 6.843/m²;
- Santo Antônio – R$ 6.152/m²;
- Santa Efigênia – R$ 6.078/m²;
- Centro – R$ 2.931/m².
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