Preço da gasolina sobe 1,3% em 16 dias em Minas

Após encerrar dezembro com preço médio da gasolina em R$ 4,60 por litro, a cotação do produto, nos primeiros 16 dias de janeiro de 2021, apresentou alta de 1,3% para o consumidor de Minas Gerais, de acordo com os dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Mesmo com a elevação, os preços ainda estão 3% inferiores aos praticados em janeiro de 2020. A alta também foi registrada nos preços do óleo diesel, que subiu 1,91% na comparação da parcial de janeiro com dezembro.
O preço médio da gasolina para o consumidor em Minas Gerais saiu de R$ 4,60 o litro na média de dezembro de 2020, para R$ 4,66 na média calculada para os primeiros 16 dias deste mês. De acordo com o levantamento da ANP, o preço variou entre o mínimo de R$ 3,69 por litro até o máximo de R$ 4,99 nos postos de combustíveis.
Mesmo com a majoração dos preços, os valores da gasolina no Estado ainda estão abaixo do registrado antes da pandemia de Covid-19. Comparando com janeiro de 2020, quando o preço médio do litro estava em R$ 4,80, a cotação ainda está 3% inferior.
No acumulado dos 16 primeiros dias de janeiro, o preço médio da gasolina em Belo Horizonte ficou em R$ 4,62 por litro, sendo o mínimo de R$ 4,52 e o máximo de R$ 4,86. Na comparação com a média de preços praticados em dezembro, o valor médio atual na Capital mineira está 2,64% maior, já que o preço do litro ficou em torno de R$ 4,54 nos postos.
Em relação ao diesel, em Minas Gerais, nos primeiros 16 dias de janeiro, o combustível foi vendido nos postos em média a R$ 3,73, o que representou uma alta de 1,91% quando comparado com o fechamento de dezembro, quando o combustível estava cotado a R$ 3,66. Na parcial de janeiro, os preços variaram entre o mínimo de R$ 3,40 e o máximo de R$ 3,99.
Já na comparação com janeiro do ano anterior, o preço do litro de diesel, no Estado, recuou 3,21%, já que o preço médio praticado era de R$ 3,85 por litro.
Em Belo Horizonte, o litro do óleo diesel ficou cotado, em média a R$ 3,72 nas duas primeiras semanas do mês, representando um avanço de 0,81% frente ao valor de R$ 3,69 por litro registrado na média de dezembro.
Etanol – Assim como observado nos preços da gasolina e do diesel, em Minas Gerais, o etanol também vem registrando alta nas cotações. O levantamento da ANP mostra que o valor cobrado pelo litro de etanol hidratado, em média, do consumidor encerrou as duas primeiras semanas de janeiro em R$ 3,22, valor 1,57% superior ao praticado na média de dezembro, que foi de R$ 3,17 por litro. Em relação ao valor praticado em janeiro de 2020, o litro está 2,17% mais barato.
Na Capital, o litro do óleo diesel foi vendido, nos postos, a R$ 3,19, em média, levando em consideração as duas primeiras semanas do mês. O valor ficou 0,94% menor que os R$ 3,22 praticados em janeiro de 2020 e 0,31% superior à média de dezembro, quando o litro estava cotado a R$ 3,18.
Petrobras anuncia novo reajuste nas refinarias
Rio de Janeiro – A Petrobras elevará o preço médio da gasolina nas refinarias em cerca de 8% a partir de hoje, após três semanas sem mudanças nas cotações, segundo dados da petroleira estatal e cálculos da Reuters realizados ontem.
O diesel, que teve o último reajuste também há três semanas, foi mantido estável, apesar de especialistas e agentes do mercado apontarem defasagem ante valores praticados no exterior.
Com a variação anunciada ontem, a petroleira elevou o valor da gasolina em média em R$ 0,15 por litro, para média de R$ 1,98 por litro.
O reajuste vem após o preço do petróleo Brent, referência internacional, ter subido aproximadamente 7,5% desde a última vez em que a Petrobras elevou os valores de gasolina e diesel, em 29 de dezembro. Nesse período, o real desvalorizou cerca de 1,5% ante o dólar.
As ações da Petrobras chegaram a recuar 5% na última quarta-feira, diante de crescentes preocupações com possíveis interferências políticas sobre a independência da companhia para reajustar preços dos combustíveis.
A tensão ganhou força após a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) ter protocolado em 8 de janeiro um ofício junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no qual acusou a estatal de práticas de valores de combustíveis “predatórias”.
Rumores sobre uma possível greve de caminhoneiros, que pressionam o governo federal por menores preços do diesel, também ajudaram no desempenho negativo das ações.
Defasagem – “Esse ajuste de preços (da gasolina) foi incompleto, aumentaram 15 centavos, ainda precisa aumentar para a gasolina entrar em paridade com o mercado internacional”, afirmou à Reuters o chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva.
“O diesel não teve alteração, ele está com uma defasagem muito forte, na casa dos 20 centavos, mesmo com o mercado internacional cedendo um pouco hoje e o câmbio (valor do real versus dólar) subindo um pouco hoje, a gente está com uma defasagem se aprofundando”, ressaltou.
O presidente da Abicom, Sérgio Araújo, também estimou que os preços da Petrobras seguem com defasagem ante o mercado externo. “Esse anúncio (da gasolina) atinge metade do que era esperado. A defasagem continua (agora está) em média 11 centavos de reais na gasolina”, calculou.
Segundo ele, o diesel estaria com defasagem de R$ 0,26 por litro. “O mercado continua aguardando reajuste da Petrobras para que ela cumpra paridade de importação como prometido”, disse o dirigente da associação de importadores.
A Petrobras, que anteriormente negou a acusação de preços predatórios e indicou que agentes rivais podem ser “menos eficientes” em termos de custos, reiterou nesta segunda-feira que não mudou sua estratégia de reajustes.
“Os preços praticados pela Petrobras têm como referência os preços de paridade de importação e, desta maneira, acompanham as variações do valor do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”, disse a estatal, em nota enviada pela assessoria de imprensa.
O repasse dos reajustes na gasolina nas refinarias aos consumidores finais nos postos não é garantido, e depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro.
Em nota, a petroleira citou ainda que dados Global Petrol Prices, de 11 de janeiro, indicaram que o preço médio ao consumidor de gasolina no Brasil era o 52º mais barato dentre 165 pesquisados, cerca de 22% abaixo da média de U$ 1,05 por litro. (Reuters)
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