Preço da locação residencial tem alta de 0,52% na Capital

O preço médio do aluguel de imóveis residenciais em Belo Horizonte avançou 0,52% em fevereiro frente a janeiro. A alta foi maior do que a verificada nacionalmente (0,24%) e na contramão de algumas capitais, que apresentaram queda nos preços. Porto Alegre registrou recuo de 0,78%, seguido por Fortaleza (-0,56%), Goiânia (-0,48%) e São Paulo (-0,36%).
Os dados pertencem ao Índice FipeZap de Locação Residencial e mostram ainda que o preço médio de aluguel residencial em Belo Horizonte em fevereiro atingiu R$ 23,81 por metro quadrado. Esse é um dos menores valores verificados no levantamento, atrás de Fortaleza (R$ 17,21/m²), Goiânia (R$ 18,67/m²) e Curitiba (R$ 21,27/m²).
Nesse cenário, apesar de a capital mineira ter presenciado um aumento dos preços no mês passado, inclusive mais elevado do que o registrado no País, o coordenador do FipeZAP, Eduardo Zylberstajn, chama a atenção para um fator: o incremento não foi muito superior à inflação.
“Algumas cidades, como São Paulo, tiveram variação negativa e acabaram puxando a média para baixo. Mas o aumento em BH não foi muito superior ao da inflação e foi em linha com um mercado modestamente aquecido”, diz.
Quando a análise é feita utilizando outras bases de comparação, os números também são positivos na Capital. Na variação acumulada no ano, houve alta de 1,08% no preço médio do aluguel de imóveis residenciais.
Já na variação acumulada em 12 meses, o incremento chega a 6,91%. Nessa base de comparação, foi o maior aumento entre os locais pesquisados. Atrás de Belo Horizonte ficaram Salvador (6,14%), Goiânia (5,83%), Recife (5,68%), Brasília (3,35%) e Florianópolis (2,33%).
“Vale a mesma análise. O mercado imobiliário vem retomando o dinamismo e mesmo antes da pandemia os preços já apontavam para uma trajetória de aumento”, destaca Eduardo Zylberstajn.
No entanto, destaca o coordenador do FipeZap, o agravamento da pandemia de Covid-19 pode afetar o mercado imobiliário. “É possível, já que estamos em um momento de início de subida dos juros e incertezas no mercado de trabalho. Quanto antes tivermos vacinação em massa e superarmos esse momento delicado, melhor para toda a economia e para o mercado imobiliário em particular”, completa.
Bairros
O Índice FipeZap também mostra quais foram os bairros mais e menos valorizados na capital mineira no mês de fevereiro.
O primeiro do ranking no que diz respeito ao preço mais elevado do aluguel de imóveis residenciais foi a Savassi (R$ 37,81/m²). Posteriormente apareceu Santo Agostinho (R$ 31,12/m²), São Luiz (R$ 30,02/m²), Cidade Jardim (R$ 29,85/m²) e Boa Viagem (R$ 29,76/m²).
Já os menos valorizados no segundo mês deste exercício foram Piratininga (R$ 13,80/m²), Jardim Leblon (R$ 13,60/m²), Tirol (R$ 12,64/m²), Jaqueline (R$ 11,62/m²) e Lagoinha (R$ 11,55/m²).
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