Economia

Preço de imóveis residenciais avança 0,48%

Valor do metro quadrado na capital mineira atingiu R$ 7.246 em abril, de acordo com dados do Índice FipeZap
Preço de imóveis residenciais avança 0,48%
Preço médio dos imóveis em Belo Horizonte acumula alta de 1,57% entre janeiro e abril | Crédito: Charles Silva Duarte / Arquivo DC

Enquanto os preços dos imóveis residenciais na média brasileira apresentaram avanço de 0,48% em abril, em Belo Horizonte, os valores aumentaram 0,34%. Ambos os resultados ficaram abaixo dos principais índices inflacionários que regem os contratos imobiliários no País. O IGP-M/FGV apresentou uma variação mensal de 1,41%, enquanto a expectativa do mercado para o IPCA/IBGE projeta uma alta mensal de 0,95%.

Com isso, no acumulado dos quatro primeiros meses de 2022, os preços dos imóveis já acumulam alta de 2,07% no País e de 1,57% em Belo Horizonte. Já na variação dos últimos meses, as variações são de 6,29% e 5,05%, respectivamente.

Os dados compõem o Índice FipeZap, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e mostram ainda que, analisadas individualmente, 43 das 50 cidades monitoradas pelo índice apresentaram aumento nominal no preço de venda de imóveis residenciais. Em 14 delas (como Goiânia, João Pessoa, Vitória, Curitiba e Recife), a variação nos preços de venda de imóveis residenciais superou a inflação ao consumidor esperada para o período (IPCA).

Além disso, considerando o rol das 16 capitais acompanhadas, 13 localidades registraram elevação de preço nos imóveis no período: Goiânia (+1,51%), João Pessoa (+1,48%), Vitória (+1,37%), Curitiba (+1,29%), Recife (+1,25%). Florianópolis (+0,91%), Fortaleza (+0,65%), Salvador (+0,55%), São Paulo (+0,51%), Campo Grande (+0,42%), Belo Horizonte (+0,34%), Porto Alegre (+0,33%) e Rio de Janeiro (+0,29%). Na outra ponta, houve queda nos preços apurados em três capitais: Manaus (-1,33%), Brasília (-0,84%) e Maceió (-0,09%).

O economista do grupo DataZap+, Pedro Tenório, ressalta que Belo Horizonte tem mantido um histórico de variações mensais abaixo do nacional desde o segundo semestre de 2020. No entanto, a capital mineira tem tido desempenhos, em termos de preço de venda de imóveis, em linha com São Paulo e Rio de Janeiro (na verdade, até acima, no acumulado de 12 meses).

“Devido à natureza da pandemia, cidades maiores, densas e que são importantes polos de atração de trabalho têm apresentado menores variações no FipeZap+ Venda, em geral. Curitiba seria uma exceção à regra”, explica.

Preço médio

Belo Horizonte encerrou o mês de abril com o preço médio do metro quadrado para imóveis residenciais em R$ 7.246. A título de comparação, o valor da média brasileira chegou a R$ 8.017 no mesmo período. Com o resultado, a cidade apareceu como sétima capital em termos de preços. Superam o valor: São Paulo com R$ 9.882, Rio de Janeiro com valor de R$ 9.729, Brasília com R$ 9.140, Florianópolis com R$ 8.913, Brasília com R$ 8.656 e Curitiba com R$ 7.746.

Detalhadamente, foi identificado que o bairro com maior custo do metro quadrado para venda dos imóveis comerciais da Capital, em abril, foi a Savassi (R$ 12.725), seguido por Santo Agostinho (R$12.577), Funcionários (R$ 11.906), Lourdes (R$ 11.541), Belvedere (R$ 10.515) e Sion (R$ 8.287). Também se destacaram Serra (R$ 7.575), Gutierrez (R$ 6.631), Buritis (R$ 6.534) e Santo Antônio (R$ 6.506).

Sobre os próximos meses, Tenório diz que cidades maiores, como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, devem manter o ritmo e desacelerar mais para o final do ano. Já para outras cidades cujas variações de preço de venda dos imóveis têm sido excepcionais, como Vitória e Maceió, a tendência é que o ritmo comece a desacelerar antes, refletindo a amenização do cenário pandêmico.

Indicador de aluguéis sobe 0,82%

Rio – O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve alta de 0,82% em abril deste ano. Em março, o indicador havia subido 0,81%.

Com o resultado, o índice, que mede a variação dos aluguéis nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre, acumula alta de 8,24% em 12 meses, a maior taxa desde o início da série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 2019.

Entre as quatro cidades, a maior variação foi observada em São Paulo (1,27%), que em março havia registrado inflação de 1,30%. Já Porto Alegre foi a única capital com alta da taxa de março para abril, ao passar de uma deflação (queda de preços) de 1,25% para uma inflação de 0,82% no período.

O Rio de Janeiro teve uma queda na taxa, ao passar de 1,44% em março para 0,31% em abril. Já Belo Horizonte passou de uma alta de preços de 2,32% em março para uma deflação de 0,07% no período.

A taxa acumulada em 12 meses subiu nas quatro cidades: São Paulo (de 4,09% no acumulado de março para 6,54% no acumulado de abril), Rio de Janeiro (de 7,27% para 8,7%), Belo Horizonte (de 14,11% para 14,87%) e Porto Alegre (de 4,98% para 7,17%). (ABr)

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