Preço do aluguel residencial em Belo Horizonte sobe 2,71%

O preço do aluguel residencial em Belo Horizonte subiu 2,71% na passagem de março para abril. É o que mostra o Índice FipeZAP+, levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o portal ZAP+. Conforme a pesquisa, o valor médio da locação por metro quadrado (m²) na capital mineira chegou a R$ 34,07 no período.
Esta foi a quinta maior variação mensal entre as 25 cidades que compõem o índice e a quarta maior entre as 11 capitais. Apenas Fortaleza (3,22%), Florianópolis (4,41%) e Goiânia (5,15%) estiveram à frente. O resultado também ficou acima da média do indicador (1,68%) e superou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com alta de 0,61% no mês passado, e o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), com queda de 0,95%.
Especificamente em relação ao preço, Belo Horizonte teve o décimo aluguel residencial mais caro entre as cidades e o sexto entre as capitais. Brasília (R$ 37,48/m²), Rio de Janeiro (R$ 41,02/m²), Recife (R$ 43,87/m²), Florianópolis (R$ 45,77/m²) e São Paulo (R$ 47,66/m²) ficaram na dianteira. O valor ainda foi superior à média ponderada do índice (R$ 38,98/m²).
Para a economista do DataZAP+, Larissa Gonçalves, a elevação na capital mineira não foi uma surpresa. Segundo ela, a elevação no período seguiu uma tendência acompanhada nos últimos meses também em outras capitais, que veem uma recuperação do mercado de locação após dois anos de resultados negativos, devido, em parte, ao momento pandêmico.
Com o resultado de abril, o preço médio do aluguel residencial em Belo Horizonte acumulou em 2023 uma alta de 8,54%. Nos últimos 12 meses, o encarecimento foi de 20,28%.
Savassi tem o aluguel residencial mais caro da Capital
O Índice FipeZAP+ de Locação Residencial também aponta quais foram os bairros mais valorizados no quarto mês do ano. E indica a variação dos últimos 12 meses de cada um.
Em primeiro lugar no quesito preço, ficou a Savassi, região Centro-Sul da capital mineira, com R$ 51,3/m². Na sequência vieram: Belvedere (R$ 48,3/m²), Lourdes (R$ 46,3/m²), Funcionários (R$ 43,4/m²) e Santo Agostinho (R$ 42,2/m²).
Já em relação ao percentual acumulado entre maio de 2022 e abril de 2023, a maior alta no período foi do Gutierrez, região Oeste de Belo Horizonte, com 60,3%. Em seguida ficaram: Lourdes (34,6%), Buritis (34,3%) e o Serra (22,5%).
Próximos meses devem ser de desaceleração, mas sem queda de preços
Para os próximos meses, a economista do DataZAP+ ressalta que a tendência é de uma desaceleração da valorização do aluguel residencial na capital mineira.
Conforme ela explica, os dados relativos ao Produto Interno Bruto (PIB) apontam um arrefecimento da atividade econômica, o que costuma ter impacto nos preços. Sendo assim, a expectativa é que o esfriamento da economia chegue ao mercado de trabalho e desacelere o aumento do índice. Apesar disso, ela afirma que não deve ter queda de preço neste ano.
Questionada sobre se a manutenção dos juros em patamar elevado afeta de alguma forma o setor de aluguel residencial, Larissa Gonçalves diz que não. Mas pondera: “Por ser uma medida para desacelerar a inflação, um dos seus impactos é a diminuição na queda de atividade que afeta o mercado de trabalho em uma ponta e, na outra ponta, o desempenho do próprio mercado de locação”.
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