Preço do aluguel residencial fica estável no início do ano em BH

Após avanço de 7,17% no decorrer de 2021, o preço do aluguel residencial em Belo Horizonte iniciou 2022 estável. Segundo o Índice FipeZap, realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e o portal de vendas Zap Imóveis, em janeiro, enquanto a média nacional aumentou 1,03%, a alta na capital mineira foi de apenas 0,3%. Já quando considerado o acumulado dos últimos 12 meses, a Capital teve variação maior que o restante das cidades avaliadas, sendo 6,9% e 4,71%, respectivamente.
De acordo com o economista do DataZAP+, Pedro Tenório, a base de comparação acumulada traz um resultado mais próximo da realidade, uma vez que engloba não apenas componentes dinâmicos, mas também os de tendência. E, neste quesito, o resultado de Belo Horizonte, que no último ano se manteve em patamares superiores aos de cidades com perfis semelhantes, pode indicar acomodação, mas ainda com tendência de elevação para o decorrer do exercício.
“Na verdade, em 2022 o aluguel deve manter a trajetória de crescimento na maior parte do País. Por isso, não acreditamos que o resultado mensal apurado por Belo Horizonte vá perdurar por muitos meses”, explica.
De toda maneira, vale dizer que, comparativamente, a variação mensal do índice da capital mineira foi inferior às altas mensais apuradas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)/IBGE (0,54%) e pelo IGP-M/FGV (1,82%), resultando na queda real do preço do aluguel residencial. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o Índice FipeZap de Belo Horizonte ficou bem abaixo das variações dos índices oficiais. Para se ter uma ideia, o IPCA nos 12 meses foi de 10,38% e IGP-M, de 16,91%.
No mês, entre as capitais, a elevação do Índice FipeZap de Locação Residencial de Belo Horizonte foi a segunda menos intensa. Porto Alegre teve uma variação de apenas 0,11%. Na outra ponta, o maior incremento foi registrado por Goiânia: 3,72%. Já no acumulado dos 12 meses, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Porto Alegre tiveram incrementos menores que o da capital mineira. Curitiba liderou a alta com 15,9% no período.
O preço médio de locação por metro quadrado em Belo Horizonte em janeiro ficou em R$ 25,63. O maior preço entre as capitais foi registrado por São Paulo (R$ 39,91) e o menor por Fortaleza (R$ 19,2).
E no caso da rentabilidade do aluguel, ou seja, a razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis para o investidor que opta por adquirir o imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel, o retorno médio tem permanecido praticamente estável, fechando janeiro em 4,69% no País. Especificamente em Belo Horizonte, a rentabilidade está em 4,06% ao ano.
“Em termos de preço, o valor cobrado por metro quadrado em Belo Horizonte é relativamente mais baixo do que o esperado para uma cidade deste porte. Já quanto à rentabilidade, percebemos que a cidade está sempre abaixo da média, mas acompanhando a tendência nacional em função da dinâmica macro”, avalia Tenório.
Por fim, os valores por bairro na capital mineira ficaram assim estabelecidos no último mês: Belvedere (R$ 44,9/m²), Savassi (R$ 39,4/m²), Santo Agostinho (R$ 33,2/m²), Funcionários (R$ 32,4/m²), Lourdes (R$ 31,9/m²), Serra (R$ 26,8/m²), Sion (R$ 26,8/m²), Buritis (R$ 26,4/m²), Santo Antônio (R$ 23,3/m²) e Gutierrez (R$ 18,6/m²).
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