Economia

Preço do etanol registra queda de 5,96% em MG

Preço do etanol registra queda de 5,96% em MG
Crédito: Charles Silva Duarte /Arquivo DC

O preço do etanol apresentou em fevereiro importante recuo de 5,96% em Minas Gerais frente a janeiro. No mesmo período, a cotação da gasolina caiu apenas 0,41% e foi negociada, em média, a R$ 6,91. Já o diesel ficou 1,65% mais caro. Mesmo com a queda nos preços da gasolina e do etanol no último mês na comparação com janeiro, se confrontado com fevereiro de 2021, todos os combustíveis apresentaram altas significativas e acima de dois dígitos. A maior foi observada no etanol: 42,45%. 

Segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em fevereiro, frente a janeiro, o litro do biocombustível no Estado foi negociado, em média, a R$ 4,90, ante os R$ 5,21 registrados em janeiro. No mês, o maior valor registrado pelo litro de etanol hidratado foi de R$ 7,29 e o menor R$ 4,04.

Na comparação com fevereiro de 2021, o litro do etanol hidratado ficou 42,45% maior, já que no período passado era negociado a R$ 3,44 por litro.

Apesar do recuo visto no confronto mensal, o preço do etanol, em Minas, ainda não chegou à paridade ideal frente ao valor da gasolina. O método mais utilizado, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, é de que, para compensar completar o tanque com etanol, o valor do litro deve ser inferior a 70% do preço da gasolina.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


O movimento de queda no preço do etanol hidratado também foi registrado em Belo Horizonte. O valor médio do litro foi vendido nos postos da Capital a R$ 4,97 em fevereiro. O preço ficou 5,6% menor que o praticado em janeiro, que era de R$ 5,26. Em comparação com fevereiro de 2021, a alta ficou em 43,46%. No período, o litro estava em torno de R$ 3,46, segundo os dados da ANP.

A gasolina também apresentou baixa em fevereiro frente a janeiro, ainda que mais discreta que a do etanol. Em Minas Gerais, o valor médio, R$ 6,91 por litro, ficou 0,41% menor que o praticado em janeiro (R$ 6,94). Porém, quando comparado com fevereiro de 2021, houve um avanço de 35,95% no valor do litro da gasolina.

Na capital mineira, o litro da gasolina ficou cotado, em média, a R$ 6,86 ao longo de fevereiro. O valor caiu 0,14% se comparado com os R$ 6,87 praticados em janeiro. Já frente a fevereiro de 2021, foi verificada alta de 36,21%, uma vez que, no período, o valor médio do litro estava em R$ 5,03.  

No Estado, ao contrário da gasolina e do etanol, o valor do diesel aumentou em fevereiro se comparado com o primeiro mês do ano. O incremento foi de 1,65%, com o litro cotado a R$ 5,58. Frente a igual mês de 2021, a alta foi de 39%.

Já em Belo Horizonte, o diesel ficou mais barato. De janeiro para fevereiro, houve uma redução de 0,46%, com o litro caindo de R$ 5,54 para R$ 5,51. Mas, na comparação com o segundo mês de 2021, foi verificada alta de 37,52%. 

Diesel e gasolina apuram defasagem de 25% ante PPI

Rio de Janeiro – Os valores médios de diesel e gasolina da Petrobras nas refinarias atingiram ontem 25% de defasagem ante a paridade de importação, um nível não visto há cerca de dez anos, apontaram cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

O chamado preço de paridade de importação (PPI) é o custo do produto importado trazido ao País.

A atual política de preços da Petrobras busca seguir o PPI para evitar prejuízos, considerando indicadores como o valor do barril do petróleo e o dólar. No entanto, a empresa tem demorado a fazer reajustes, alegando que assim evita repassar volatilidades internacionais ao mercado interno.

“A Petrobras vem praticando preços muito abaixo da paridade nos últimos meses, mas, agora com o conflito na Ucrânia, as defasagens chegaram a patamares (não vistos há muito tempo)”, disse à Reuters o presidente da Abicom, Sergio Araújo.

“Este nível de defasagem só ocorreu no período de 2011/2013, quando a Petrobras acumulou grandes prejuízos”.

Diante de temores de oferta apertada relacionados à guerra na Ucrânia, o petróleo tipo Brent subiu 7,58% ontem, a US$ 112,93 por barril, maior patamar desde junho de 2014, enquanto o petróleo nos EUA (WTI) avançou 6,95%, a US$ 110,60, maior nível desde maio de 2011.

Em relatório a clientes, analistas do Goldman Sachs também apontaram defasagens de mais de 20% nos preços da Petrobras.

“À luz do recente aumento nos preços do petróleo…, os investidores questionam a viabilidade da atual política de preços da Petrobras – que segue os preços internacionais de gasolina e diesel, mesmo que com algum atraso”, afirmaram os analistas do banco Bruno Amorim e João Frizo.

O banco ressaltou que o Brent já acumula alta de cerca de 45% no ano, sendo um avanço de 16% na última semana.

“Os preços do diesel/gasolina nas refinarias da Petrobras aumentaram 78/75% desde janeiro de 2021 e atualmente permanecem 21/23% abaixo da paridade internacional de acordo com nossos cálculos após o recente aumento nos preços do petróleo”, disseram eles.

Na semana passada, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, havia afirmado à Reuters que a petroleira acompanhava “minuto a minuto” a alta nos preços do petróleo Brent antes de tomar qualquer decisão sobre os preços. Segundo Luna, o cenário ainda era de muita incerteza e volatilidade para uma definição de eventuais reajustes, medida sempre impopular na sociedade e no meio político. (Reuters)

O petróleo Brent tocou o pico de US$ 113,94 o barril durante a sessão, antes de fechar a US$ 112,93 | Crédito: Nick Oxford/Reuters

Barril de petróleo supera US$ 110 em meio a receio sobre oferta

Nova York – O petróleo subiu implacavelmente acima de US$ 110 o barril ontem, estendendo seu rali desde que a Rússia invadiu a Ucrânia há sete dias, com expectativas de que o mercado permanecerá com falta de oferta nos próximos meses após sanções a Moscou e uma enxurrada de desinvestimentos de ativos de petróleo russos por grandes empresas.

O mercado se recuperou no fechamento das negociações com grande volume, com o petróleo Brent de referência global encerrando o dia em seu maior fechamento desde junho de 2014, enquanto o fechamento do petróleo dos EUA foi o mais alto desde maio de 2011.

O rali do petróleo foi dramático, com o Brent ganhando mais de 15% apenas nesta semana, enquanto o Ocidente respondeu à invasão de Moscou com inúmeras sanções, que visaram transações financeiras e bancos, destinadas a prejudicar a economia da Rússia.

Embora o setor de energia não tenha sido especificamente atingido, as sanções prejudicaram as capacidades de exportação da Rússia, cujas exportações de petróleo representam cerca de 8% da oferta global, ou 4 milhões a 5 milhões de barris por dia, mais do que qualquer outra nação além da Arábia Saudita.

“Parece cada vez mais que o mercado está precificando uma interrupção no fornecimento de pelo menos parte dos quase 4 milhões de barris por dia de petróleo que são vendidos nos EUA e na UE”, disse Andrew Lipow, presidente da Lipow Oil Associates em Houston.

O petróleo Brent tocou o pico de US$ 113,94 o barril durante a sessão, antes de fechar a US$ 112,93, alta de US$ 7,96, ou 7,6%.

O petróleo dos EUA (WTI) atingiu a máxima de US$ 112,51 o barril e fechou em alta de US$ 7,19, ou 7%, a US$ 110,60. (Reuters)

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas