Após semanas de queda, preço do etanol volta a subir no Estado

Após semanas de queda neste ano, o preço do etanol hidratado voltou a subir em Minas Gerais, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). A alta veio junto com o aumento dos preços da gasolina e do diesel, após a reoneração dos combustíveis, que entrou em vigor neste mês. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) teve um aumento de 12,5% sobre a gasolina, o diesel e o gás de cozinha, mas não atingiu o etanol.
De acordo com a ANP, o etanol hidratado foi vendido, em média, a R$ 3,35 pelos postos mineiros nesta semana, alta de R$ 0,02 por litro em relação à semana anterior. Foi o primeiro aumento no ano de 2024 em Minas Gerais. O principal concorrente do etanol hidratado, a gasolina comum, subiu R$ 0,01, para R$ 5,39 por litro.
Já o preço do diesel no Estado teve ligeira queda. O diesel S-10 foi vendido, em média, a R$ 5,80 por litro, decréscimo de R$ 0,02 em relação à semana anterior.
Para a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), o aumento do preço do etanol, mesmo com o combustível fora da volta do imposto, é fruto do aumento do custo de produção da cana-de-açúcar, conforme atesta o índice semanal CEPEA/Esalq.
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O indicador semanal teve sucessivas altas no último mês, que ainda não haviam sido refletidas no preço do etanol em Minas Gerais. O valor do litro do combustível diminuiu em duas semanas neste ano e registrou estabilidade em outra.
Na região Sudeste, o preço do etanol também subiu em São Paulo e no Rio de Janeiro, com ligeira alta de R$ 0,01 em ambos os estados. Somente no Espírito Santo o preço do combustível se manteve estável.
A retomada dos impostos federais no início de 2024 foi uma medida anunciada em outubro pelo Ministério da Fazenda. A cobrança integral vem após um longo processo de isenções e reonerações de impostos sobre gasolina, diesel, etanol e gás natural veicular (GNV) iniciado em março de 2021.
Naquela época, os impostos dos combustíveis foram reduzidos para combater a inflação, que estava na casa dos dois dígitos. Desde então, foram ao menos 13 anúncios de mudanças na tributação sobre os combustíveis.
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