Economia

Preço do gás de cozinha cai na RMBH e variação pode chegar a até 80%

O coordenador do site Mercado Mineiro alerta par que o consumidor se mantenha atento quanto aos preços praticados
Preço do gás de cozinha cai na RMBH e variação pode chegar a até 80%
Foto: Pedro Ventura/Agência Brasil

O preço do botijão de 13 kg entregue na casa do consumidor apresentou uma redução de 5,44% em 20 dias na Grande BH. O valor médio do gás de cozinha passou de R$ 119,97 no dia 5 de maio para R$ 113,44 no dia 25, queda de R$ 6,53. O menor preço encontrado foi de R$ 99,00 e o maior foi R$ 158,00, com uma variação de 59,6%.

É o que aponta um levantamento realizado pelo site Mercado Mineiro entre os dias 23 a 25 de maio. A pesquisa consultou 98 depósitos na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

Para o coordenador do site, Feliciano Abreu, o consumidor deve manter a atenção quanto aos preços praticados. “Se o consumidor não pesquisar, eles acabam se acomodando com a queda menor e isso vira lucro para o estabelecimento. A queda na Petrobras se perde nesse processo”, reforça.

Ele completa explicando que se todo mundo começar a pesquisar e analisar a concorrência, isso poderá estimular o mercado e quem ganha com isso é o próprio consumidor.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


No caso do botijão de 13 kg vendido no próprio estabelecimento, a queda foi de 6,7% ou R$ 7,31, passando de R$ 109,08 para R$ 101,77. O preço praticado está entre R$88,00 e R$158,00, com uma variação de 79,55%.

Preço do cilindro de gás

Já o valor do cilindro de 45 kg entregue na casa do cliente baixou R$ 19,06 ou 4,1%, caindo de R$ 465,32 para R$ 446,26 na última pesquisa. O produto está custando de R$390,00 até R$625,00, com uma variação de 60,26%.

Enquanto o cilindro de 45 kg vendido no depósito apresentou um recuo de -3,34% no preço, ou R$ 14,85, passando de R$ 444,53 no dia 5 para R$ 429,68 no dia 25 deste mês. Assim como no caso do cilindro para entrega, o valor varia entre R$390,00 até R$625,00.

O botijão vazio está com um preço médio de R$ 180,73. Isso representa uma queda de 0,14% ou R$ 0,25 se comparado com o valor registrado no dia 5 de maio (R$ 180,98). O preço mínimo adotado na região é de R$ 120,00 e o máximo é de R$ 230,00, com variação de 91,67%.

Tendência de queda

Para o coordenador do site, esses resultados apresentados pela pesquisa apontam para uma tendência de possíveis quedas ainda maiores pela frente. Ele conta que vários donos de depósitos falaram que ainda estavam com estoques com preços antigos, que foram comprados antes da redução de preços feita pela Petrobras nas refinarias.

Abreu ainda conta que o site esperou cerca de dez dias para iniciar a pesquisa, pois eles já sabiam que os estoques de gás de cozinha demoraria um pouco mais para sofrerem os efeitos da redução. “A gente tem essa expectativa de redução. Agora, a intensidade da redução vai ser de acordo com a força que o consumidor vai ter na hora da pesquisa”, reforça.

Ele destaca que a redução na refinaria foi muito grande, portanto, ainda há espaço para mais diminuições. “A queda que a gente teve ainda não corresponde a totalidade”. Porém, Abreu lembra que esse processo é demorado. Já que enquanto os empresários estão comprando com um preço mais baixo, eles seguem fazendo uma média com o preço do estoque anterior ao invés de praticarem a redução integral.

Problemas de estoque

O coordenador do Mercado Mineiro ainda conta que a maioria dos entrevistados relatou problemas de estoque. Eles também disseram que estavam na busca para fazer o preço médio o mais rápido possível para não perder a boa fase. Muitos consideram que o gás está mais barato, mas poderia estar ainda mais se eles estivessem com estoque novo.

Ele reforça a preocupação com o consumidor de baixa renda pela sua falta de acesso à informação ou pelas suas dificuldades de procurar um produto mais barato em outra região.

Quanto à estimativa para os próximos meses, Abreu diz que pelo fato desse mercado contar com inúmeras variáveis, fica difícil prever como será o desempenho do preço do gás de cozinha na região. “Seria um chute muito cruel para o consumidor, de repente não cai e ele fica na expectativa e é muito ruim isso”, declara.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas