Preço dos imóveis residenciais em Belo Horizonte sobe 0,67% em julho; veja bairros mais caros

O preço médio de venda dos imóveis residenciais em Belo Horizonte subiu 0,67% em julho deste ano, na comparação com o mês anterior. Com a alta, o valor praticado na capital mineira, segundo o Índice FipeZap de Venda Residencial, foi de R$ 10.256 por metro quadrado (m²).
O indicador da Capital já acumula variação positiva de 7,97% nos sete primeiros meses de 2025 e alta de 13,78% nos últimos 12 meses. Esse desempenho contribuiu para a permanência do mercado belo-horizontino entre as dez cidades com os imóveis mais caros no estudo.
“Entre os fatores que contribuem para esse avanço estão o crescimento econômico local e a geração de empregos, que tendem a aumentar a renda, a poupança e o acesso à crédito da população. A oferta restrita de unidades disponíveis, especialmente em áreas valorizadas e densas, também pode pressionar os preços para cima”, afirmou a economista do Grupo OLX, Paula Reis.
De acordo com o levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) – com base em anúncios veiculados nos portais Zap Imóveis, Viva Real e OLX –, o valor praticado em Belo Horizonte está 9,4% acima da média nacional (R$ 9.375/m²).
A variação observada na capital mineira em julho está acima do registrado no índice nacional e nos principais indicadores de inflação do Brasil. O Índice FipeZap subiu 0,58% no País no mês passado, enquanto o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 0,77% no período. Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), teve alta de 0,33% na comparação mensal.
Na análise do acumulado do ano, o levantamento apresentou variação positiva de 3,93% em todo País, contra uma retração de 1,7% do IGP-M e elevação de 3,33% do IPCA-15 nos primeiros sete meses do ano. Nos últimos 12 meses, o Índice FipeZap atingiu 7,31%, seguido pelo indicador do IBGE e da FGV, que fecharam o período com crescimento de 5,3% e 2,96%, respectivamente.
Segundo a economista da OLX, a expectativa para os próximos meses na Capital é de desaceleração do reajuste do preço de venda, dada a escassez de recursos da poupança e alta taxa de juros.

A Savassi, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, segue sendo o bairro com o imóvel residencial mais caro da Capital, com preço médio de R$ 17.556/m². Outros três bairros da mesma região também se destacaram no último mês. São eles: Santo Agostinho (R$ 15.619/m²), Lourdes (R$ 15.366/m²) e Funcionários (R$ 14.711/m²).
“Dado o perfil desses bairros, que se encontram em regiões valorizadas, temos um indício de que o segmento de médio e alto padrão ainda teve fôlego até julho”, completou a economista da OLX.
Os dez bairros com os imóveis residenciais mais caros de Belo Horizonte:
- Savassi – R$ 17.556/m²;
- Santo Agostinho – R$ 15.619/m²;
- Lourdes – R$ 15.366/m²;
- Funcionários – R$ 14.711/m²;
- Santa Lúcia – R$ 11.790/m²;
- Sion – R$ 11.712/m²;
- Gutierrez – R$ 11.369/m²;
- Serra – R$ 10.942/m²;
- Santo Antônio – R$ 9.955/m²;
- Buritis – R$ 9.161/m².
Entre os dez bairros mais caros da capital mineira, oito tiveram variação positiva superior a 10% nos últimos meses, com destaque para Santa Lúcia, na região Centro-Sul, com alta de 26,5% no período. Os outros principais destaques foram: Santo Antônio (18%), Gutierrez (17,1%), Savassi (16,7%) e Serra (16,4%).
Imóveis residenciais em Betim e Contagem
A pesquisa feita pela Fipe também analisou o desempenho do mercado imobiliário em Contagem e em Betim, ambas cidades na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Enquanto Contagem registra a terceira queda na comparação mensal, Betim segue como o segundo município com os imóveis mais baratos do estudo.
O valor médio praticado em Betim subiu 1,1% frente a maio deste ano e já acumula alta de 6,11% no ano e uma variação positiva de 9,31% nos últimos 12 meses. Apesar desses resultados, o preço praticado na cidade ficou em R$ 4.528/m², acima apenas de Pelotas (RS), por exemplo, que fechou o mês com R$ 4.414/m².
Já o indicador de Contagem registrou variação negativa de 1,03% em julho na comparação com o mês anterior, ficando em R$ 5.583/m². Dessa forma, o município da Grande BH teve crescimento de 2,68% em 2025 e alta de 7,07% no acumulado dos últimos 12 meses.
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