Economia

Preço dos imóveis residenciais em Belo Horizonte avança 1,17% em outubro; veja os bairros mais caros

O estudo da Fipe, em parceria com o Grupo OLX, mostra que as cidades de Betim e Contagem, assim como a Capital, também registraram variações acima da inflação
Preço dos imóveis residenciais em Belo Horizonte avança 1,17% em outubro; veja os bairros mais caros
Foto: Reprodução/Adobe Stock

O preço médio de venda dos imóveis residenciais em Belo Horizonte subiu 1,17% em outubro deste ano frente ao mês anterior, fechando a R$ 10.578 por metro quadrado (m²). Com esse resultado, o Índice FipeZap de Venda Residencial da capital mineira registrou variação positiva de 11,36% no acumulado do ano e de 13,7% nos últimos 12 meses.

De acordo com o levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base em anúncios veiculados em plataformas do Grupo OLX, a Capital segue entre as dez cidades com os valores mais elevados do estudo, ficando acima da média do indicador (R$ 9.529/m²).

Belo Horizonte também superou o resultado apresentado pelo índice nacional na comparação com setembro, quando o Brasil registrou alta de 0,54%. No acumulado do ano, o País teve aumento de 5,61% e na variação dos últimos 12 meses a média nacional é de 6,83%. A economista do Grupo OLX, Paula Reis, explica que essa diferença do preço de venda dos imóveis residenciais na capital mineira ocorre desde 2022.

A pesquisa montra ainda que o mercado imobiliário da Capital encerrou o último mês com variações acima das registradas pelos principais indicadores de inflação do Brasil. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV), teve queda de 0,36% na comparação mensal e recuou 1,3% no acumulado dos dez primeiros meses de 2025. O indicador ainda teve alta de 6,83% na variação anual.

Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), encerrou o mês de outubro com uma variação positiva de 0,18% frente ao mês anterior; crescimento de 3,83% no acumulado do ano e de 4,77% em 12 meses.

Foto: Daniel Protzner

Preço por bairros e perspectivas para o futuro

A Savassi, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, segue no topo da lista dos bairros mais caros da capital mineira, com preço médio de R$ 17.758/m². Os demais destaques foram os bairros Santo Agostinho (R$ 16.129/m²), Lourdes (R$ 15.612/m²) e Funcionários (R$ 15.271/m²).

Veja os dez bairros com os imóveis residenciais mais caros de Belo Horizonte:

  • Savassi – R$ 17.758/m²;
  • Santo Agostinho – R$ 16.129/m²;
  • Lourdes – R$ 15.612/m²;
  • Funcionários – R$ 15.271/m²;
  • Gutierrez – R$ 12.431/m²;
  • Sion – R$ 12.155/m²;
  • Santa Lúcia – R$ 12.106/m²;
  • Serra – R$ 11.265/m²;
  • Santo Antônio – R$ 10.764/m²;
  • Buritis – R$ 9.277/m².

Vale destacar que nove bairros apresentaram valores superiores à média da cidade. A economista do Grupo OLX ressalta que os bairros que apresentaram as variações mais elevadas na Capital foram Santo Antônio (24,9%), Gutierrez (23,1%), Serra (22%) e Santa Lúcia (21,2%), todos com crescimento acima de 20% nos últimos 12 meses.

Paula Reis relata que a taxa acumulada em 12 meses de Belo Horizonte desacelerou entre os meses de maio e agosto deste ano. Em setembro e outubro, observou-se um movimento de estagnação, com leve avanço da taxa. “Em maio deste ano, a taxa era de 14,29% e, em outubro, chegou a 13,7%”, acrescenta.

Ela avalia que esse padrão deve persistir até o fim do ano, tendo em vista o cenário macroeconômico do Brasil, de escassez de recursos da poupança e alta taxa de juros. “Se o ciclo de cortes da Selic se iniciar em janeiro, como previsto pelo Focus, essa desaceleração pode perder força no segundo trimestre de 2026”, completa.

Cenário em Contagem e Betim

Vista aérea de Betim, Minas Gerais.
Foto: Reprodução Adobe Stock

O estudo realizado pela Fipe, em parceria com o Grupo OLX, também avaliou o cenário do mercado imobiliário em Contagem e em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Assim como a capital mineira, ambas as cidades também apresentaram variações superiores à média da pesquisa e dos principais índices de inflação.

O valor médio praticado em Betim subiu 0,63% na comparação com setembro, encerrando o último mês a R$ 4.667/m². O município ainda apresentou variação positiva de 9,39% no acumulado do ano e de 8,85% nos últimos 12 meses. Apesar desse avanço, a cidade segue com um dos imóveis mais baratos do Brasil, ficando acima apenas de Pelotas (RS) e São Vicente (SP), com R$ 4.413/m² e R$ 4.657/m², respectivamente.

Já Contagem apresentou alta de 1,54% frente ao mês anterior, ficando a R$ 5.774/m². O município da Grande BH figura entre 15 cidades com os imóveis mais baratos do País. Ao longo dos dez primeiros meses deste ano, o indicador da cidade registrou variação positiva de 6,18% e alta de 8,54% na variação anual.

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