Economia

Preço dos imóveis residenciais em BH sobe 1,24% em março

Mercado de compra e venda de imóveis residenciais em BH está aquecido
Preço dos imóveis residenciais em BH sobe 1,24% em março
Foto: Ana Carolina Dias / Diário do Comércio

O preço de venda de imóveis residenciais em Belo Horizonte registrou elevação da ordem de 1,24% em março, acumulando uma variação positiva de 3,54% no primeiro trimestre de 2025. No País, a alta foi de 0,60% no mês de março, o que representou uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando a alta foi de 0,68%. O índice de alta nos preços da capital mineira no terceiro mês do ano, portanto, chega a ser duas vezes maior que o nacional.

Os dados são do Índice FipeZAP, que mostram que, em Belo Horizonte, a variação acumulada nos últimos 12 meses é de 13,68% e o preço médio do metro quadrado (m²) na Capital em março foi de R$ 9.835, superior ao apurado no País, que foi de R$ 9.185/m².

Segundo a economista do DataZAP Paula Reis os dados indicam que o mercado de compra e venda de imóveis residenciais em Belo Horizonte está aquecido. “O mercado imobiliário na Capital segue com valorização real do preço de venda, apesar de o comportamento do Índice FipeZAP Venda Residencial da média das cidades monitoradas já aponte que os efeitos do aumento do custo de crédito estão aparecendo com mais intensidade”, aponta.

Veja os bairros com preços mais elevados dos imóveis residenciais em Belo Horizonte no mês de março

  1. Savassi                                              R$ 16.833 /m²
  2. Santo Agostinho                               R$ 15.586 /m²
  3. Lourdes                                             R$ 14.723 /m²
  4. Funcionários                                      R$ 14.004 /m²
  5. Santa Lúcia                                        R$ 11.576 /m²
  6. Gutierrez                                            R$ 11.109 /m²
  7. Sion                                                    R$ 10.968 /m²
  8. Serra                                                   R$ 10.229 /m²
  9. Santo Antônio                                    R$ 9.763 /m²
  10. Buritis                                                 R$ 8.766 /m²

“Os bairros que puxaram a variação acumulada em 12 meses nos imóveis residenciais em BH são o Santa Lúcia, Gutierrez, Santo Antônio e Savassi. Em suma, o segmento de médio e alto padrão teve, até o momento, acesso a crédito imobiliário e boa parte da demanda por imóveis se concentrou em uma região específica da cidade”, observa.

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Concessão de crédito e financiamentos

Dados do Banco Central (BC) mostram que a concessão de crédito no Estado cresceu, em termos reais, levemente acima do País (comparação entre novembro de 2023 e mesmo mês de 2024). “Recursos livres e do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) foram as fontes que mais cresceram, indicando que os segmentos de médio e alto padrão se saíram bem”, salienta Paula Reis.

Entretanto, a economista alerta que quem está buscando imóvel residencial em Belo Horizonte deve ficar atento às condições de financiamento, caso necessite, possibilidade de uso do saldo do FGTS e enquadramento em políticas de habitação, como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), à valorização do imóvel e ao contexto das finanças pessoais.

“Embora o mercado esteja mais seletivo em 2025, há oportunidades específicas que podem ser exploradas, por isso o planejamento financeiro é ainda mais importante. A dinâmica de valorização do imóvel depende muito da região e da tipologia (metragem, quantidade de quartos, de vagas de garagem e suítes, por exemplo) do imóvel desejado, sendo necessário um acompanhamento atento dessas variáveis”, orienta.

Paula Reis também destaca que quem se comprometer com um financiamento em 2025, pode fazer a portabilidade em caso de eventuais quedas de juros no futuro. “Além disso, como as oportunidades no mercado imobiliário não se restringem apenas a bons momentos econômicos, é sempre possível encontrar boas negociações se houver uma análise mais minuciosa do nível de quadra/quarteirão e da tipologia do imóvel, sem se restringir às médias de preços de cidades ou bairros”, pondera.

Confira as dez capitais que mais tiveram elevação nos preços dos imóveis residenciais em março

  1. João Pessoa (+2,22%);
  2. Salvador (+1,69%);
  3. Natal (+1,49%);
  4. Cuiabá (+1,30%);
  5. Florianópolis (+1,30%);
  6. Belém (+1,27%);
  7. Belo Horizonte (+1,24%);
  8. Vitória (+1,09%);
  9. Campo Grande (+1,02%);
  10. Curitiba (+0,97%);

Por outro lado, Maceió foi o único local no qual os preços recuaram (-0,42%).

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