Preço médio do etanol tem queda de 4,67% no Estado

Os preços da gasolina e do etanol hidratado apresentaram queda em Minas Gerais e Belo Horizonte. No Estado, considerando as últimas quatro semanas, o recuo no valor do etanol foi de 4,67% e da gasolina, de 0,63%. Já no caso do diesel, foi verificada variação positiva de 0,28%.
Conforme os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre as semanas de 16 de janeiro e 12 de fevereiro, o litro do etanol em Minas Gerais foi negociado, em média, a R$ 4,97, ante os R$ 5,21 registrados em meados de janeiro. Na comparação com fevereiro de 2021, o litro do etanol hidratado ficou 1,11% menor, já que no período passado era negociado a R$ 5,02.
Desde o ano passado, a demanda pelo etanol hidratado ficou menor. A crise gerada pela pandemia e o aumento dos preços inibiram o consumo. Em Minas, o volume de etanol hidratado consumido em 2021 foi o menor registrado desde 2017. No ano passado, a demanda retraiu 14,6% e foram consumidos 2,34 milhões de metros cúbicos.
No primeiro mês de 2022, segundo a nota da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), as unidades produtoras de etanol na região Centro-Sul comercializaram um total de 1,76 bilhão de litros de etanol, registrando retração de 32,39% em relação ao mesmo período da safra 2020/2021.
Com o consumo retraído, desde novembro, vem sendo registrada queda nos preços pagos aos produtores de etanol, redução que começa a chegar aos postos.
Em nota, divulgada pela Unica, o diretor-técnico, Antonio de Padua Rodrigues, explica que “o que tem sido observado nas vendas de biocombustível por parte dos produtores está em linha com a queda no consumo de combustíveis do ciclo Otto. Como resultado do atual balanço de oferta e demanda do etanol hidratado, os preços recebidos pelos produtores já apresentaram recuo próximo de R$ 1,05 por litro desde novembro. A expectativa é de que esse recuo seja integralmente repassado aos consumidores finais pelos demais elos da cadeia de comercialização”.
Assim como em Minas Gerais, o preço médio do etanol hidratado ficou menor em Belo Horizonte. De acordo com a ANP, o valor médio do litro vendido nos postos da Capital foi de R$ 4,96 no encerramento da semana do dia 6 a 12 de fevereiro. O preço estava 5,11% menor que o visto quatro semanas atrás, R$ 5,23. Em comparação com fevereiro de 2021, a redução ficou em 1,75%.
Queda, ainda que em menor índice, também ocorreu no valor da gasolina. Em Minas Gerais, o preço médio ficou em R$ 6,93 ante R$ 6,97 registrados há quatro semanas, uma redução de 0,63%. Em comparação com fevereiro de 2021, o preço está 0,11% menor.
Em Belo Horizonte, a média de preços da gasolina nos postos foi de R$ 6,86, redução de 0,34% ao longo das últimas quatro semanas. Frente ao segundo mês de 2021, a queda foi de apenas 0,05%.
Já o diesel apresentou incremento de 0,28% no valor médio. No Estado, o litro passou de R$ 5,56 para R$ 5,57 no fim da semana de 6 a 12 de fevereiro. O valor se manteve praticamente estável ao praticado um ano atrás, com pequena variação positiva de 0,07%.
Na Capital, ao longo das últimas quatro semanas, o valor do diesel ficou estável em R$ 5,49. Frente a fevereiro de 2021, o preço ficou 0,6% maior.
Produção de petróleo volta a superar 3 milhões de bpd
Rio de Janeiro – A produção de petróleo do Brasil iniciou o ano em alta, somando 3,03 milhões de barris por dia em janeiro em média, um avanço de 5,5% ante o mesmo mês do ano passado, com aumento nos campos do pré-sal e do pós-sal, apontaram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Na comparação com dezembro, houve um aumento de 6,8% na produção de petróleo brasileira.
É a primeira vez que o bombeamento brasileiro ultrapassa a casa dos 3 milhões de bpd desde setembro de 2021.
A produção média de gás natural do País, por sua vez, foi de 136,97 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) em janeiro, alta de 0,4% ante o mesmo período de 2021 e avanço de 3,6% versus dezembro.
Somando petróleo e gás natural, a produção média total do País em janeiro somou 3,89 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), contra 3,73 milhões boed em janeiro do ano passado e 3,67 milhões de boed em dezembro.
A produção do pré-sal em janeiro somou 2,91 milhões de boed, ante 2,7 milhões de boed em dezembro e 2,63 milhões de boed em janeiro de 2021.
Já a produção marítima do pós-sal avançou para 790 mil boed, contra 746,1 mil boed em dezembro e 849,55 mil boed em janeiro do ano passado.
A Petrobras, principal produtora do País, produziu em janeiro como concessionária 2,2 milhões de bpd, alta de 2,8% ante um ano antes.
Já a anglo-holandesa Shell, segunda maior produtora do País e uma das mais importantes parceiras da Petrobras no pré-sal, produziu em janeiro 355.768 bpd, alta de 3,6% na comparação com janeiro de 2021. (Reuters)
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