Economia

Preços de imóveis residenciais avançam em BH

Preços de imóveis residenciais avançam em BH
FOTO: Diário do Comércio / Arquivo / Charles Silva

O preço médio de venda de imóveis residenciais em Belo Horizonte avançou 0,38% em setembro, chegando a R$ 7.035/m². Os números detalham ainda que, na variação acumulada em 12 meses, a alta de preços de imóveis residenciais na capital mineira chegou a 1,84%.

No acumulado do ano, de janeiro a setembro, o saldo positivo foi de 1,54%. Os dados pertencem ao índice FipeZap e levam em conta uma amostra de 91.979 anúncios.

Conforme dados divulgados pela FipeZap, a média nacional para o mês de setembro foi de 0,43%. Em setembro, o preço médio de venda de imóveis residenciais em Belo Horizonte ficou entre os sete maiores entre as 50 cidades pesquisadas, atrás apenas de Vitória (+2,41%), Campo Grande (+1,71%), Florianópolis (+1,38%), Maceió (+1,33), São Paulo (+0,20%) e Rio de Janeiro (+0,20). 

O economista do FipeZap, Eduardo Zylberstajn, avalia que as compras de imóveis estão sendo impulsionadas pelas condições favoráveis de financiamento. “Mesmo com as altas recentes dos juros, as condições de financiamento imobiliário ainda estão em patamares historicamente muito favoráveis e acabam estimulando a demanda. Além disso, vale lembrar que anos de preços em queda contribuem também para melhores condições de compra”.

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Porém, o economista faz um alerta: apesar dos volumes positivos de venda, a alta ainda está abaixo da inflação. Zylberstajn avalia que essa alta abaixo da inflação pode significar prejuízo para quem investiu.

“Nessas situações, os economistas dizem que há queda em termos reais nos preços dos imóveis. Agora, para caracterizar um eventual prejuízo do investidor, pode-se pensar em termos absolutos ou então pensar nas alternativas que o investidor teria: por exemplo, quem comprou um imóvel e não deixou o dinheiro na bolsa de valores ou mesmo no CDI (que até pouco pagava 2% ao ano) pode eventualmente ter feito uma escolha mais vantajosa. Claro que isso não significa que daqui para frente isso se manterá vantajoso”, explica.

Para o fim do ano, o economista acredita que haverá aumentos dentro da normalidade. “Devemos continuar observando aumentos nominais, mas com a inflação tão alta não é possível afirmar que os preços dos imóveis irão ter aumentos reais”, opina Eduardo Zylberstajn.

Para quem deseja o tão sonhado imóvel vale o alerta: a tendência, de acordo com o economista, é a de que haja um aumento nos juros básicos da economia e, em consequência, os juros do financiamento imobiliário devem subir para o próximo ano. 

Bairros em destaque

O Índice FipeZap mostra o desempenho do preço médio dos imóveis nos últimos 12 meses nos bairros de Belo Horizonte.  A região da Savassi continua sendo o local mais caro por metro quadrado. Segundo a pesquisa, o preço médio vendido em setembro foi de R$ 12.530 /m²,  por outro lado, registrou uma variação negativa de 5,5%. 

O bairro Santo Agostinho registrou preço médio R$ 11.926 /m² – alta de de 5,4%. No bairro Funcionários, o preço médio praticado é de R$ 11.469/m², com variação média de preço de 0,2%.

E entre os locais mais baixos está o bairro Buritis com R$ 6.198 /m², com  incremento de 6%. O bairro Gutierrez com R$ 6.163 /m², recuo de 3,2%, e o bairro Santo Antônio com R$ 6.758 /m², com alta de 1% nos últimos 12 meses.

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