Economia

Preços de imóveis residenciais registram crescimento em janeiro em Belo Horizonte

Preços de imóveis residenciais registram crescimento em janeiro em Belo Horizonte
Crédito: Charles Silva Duarte/Arquivo DC

Os preços dos imóveis residenciais subiram 0,36% na capital mineira somente em janeiro deste ano. É o que mostra o Índice FipeZap+, divulgado ontem e que atua na medição de variações dos valores em um dos maiores portais de venda do País. Em todo o território nacional, a variação no preço das casas e apartamentos também foi positiva e fechou em 0,53%. 

Dos 50 municípios pesquisados e que compõem o índice, Belo Horizonte se manteve, no período de referência, como a 11ª localidade com índices mais elevados no que diz respeito ao preço médio do metro quadrado (m²). Enquanto São Paulo lidera a lista com o m² a R$ 9.751, a capital do Estado registra preço médio de R$ 7.159. 

No período de um ano, entre janeiro de 2021 e o mesmo mês de 2022, os preços em Belo Horizonte tiveram alta de 3,98%. Caso mantida até o final do ano a elevação em torno dos 4%, a capital terá a terceira variação positiva nos últimos cinco anos. Isso porque em 2018 e 2019 o preço médio das vendas caiu, sendo as médias de -0,23% e -0,74%, respectivamente. 

O cenário mudou a partir de 2020 e coincide com o ano em que a pandemia da Covid-19 teve início em todo o mundo. Somente naquele ano, o mercado se aqueceu e Belo Horizonte fechou o período com alta de 4,47%, seguida por 2021 (+3,06%) e agora um crescimento dos preços registrado em janeiro. 

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Preços da construção e demanda 

Contudo, essa alta a partir do primeiro ano pandêmico não é, na prática, uma coincidência, conforme explica o presidente da rede Netimóveis Brasil, Ariano Cavalcanti de Paula. 

“O principal fator que explica a alta registrada foi o incremento no custo da construção, bastante expressivo em 2021. A alta também é decorrente da demanda reprimida e da própria inflação, componentes que catapultaram o índice de forma geral”, aponta Ariano. 

Ainda de acordo com o especialista, somente nos últimos 18 meses o custo da construção civil subiu 30%, impactando principalmente os imóveis residenciais novos e que estão à  venda. 

Em uma análise para o futuro do setor, Ariano acredita que, no caso de novas pressões sobre os custos da construção, os preços possivelmente sofrerão novas altas. “Ainda temos uma demanda aquecida, o que contribui para essa alta nos preços”, avalia o presidente da Netimóveis Brasil. 

Betim e Contagem 

A pesquisa também aponta as variações registradas em outros dois municípios de Minas Gerais em janeiro: Betim (+3,15%) e Contagem (+0,50%). No acumulado dos últimos 12 meses, as cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte também registraram altas superiores à da Capital, com variações positivas de 7,37%, no caso de Betim, e 10,55% em Contagem. 

Lançamentos sobem 24,6% no País até outubro

Brasília – O lançamento de imóveis no mercado cresceu 24,6% entre janeiro e outubro de 2021 em comparação com igual período do ano anterior. O levantamento é da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em conjunto com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Os empreendimentos novos nesse intervalo somaram 107.390 unidades. O levantamento utiliza dados compartilhados por 18 incorporadoras associadas.

Na avaliação trimestral, de agosto a outubro do ano passado, no entanto, houve queda de 9,8% se comparado com os mesmos meses de 2020. Foram lançados 38.680 imóveis no período.

No acumulado de 12 meses, considerando outubro de 2021 como mês fim, foram 142.282 unidades lançadas. O volume corresponde a um incremento de 20,8% no mercado imobiliário em relação aos 12 meses anteriores.

Vendas – Em relação às vendas, nos dez primeiros meses de 2021, foram comercializadas 119.866 unidades, uma alta de 7,5% se comparado a igual período do ano anterior. No acumulado de 12 meses, foram vendidos 146.901 imóveis novos, o que representa 10,3% a mais do que no intervalo anterior.

Para a Abrainc, o resultado indica um bom desempenho do setor ao longo do ano passado. Em nota, a entidade aponta que há otimismo entre os empreendedores para as perspectivas de 2022, mas que seguem atentos ao cenário econômico. (ABr)

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